13.04.2012 |
Julgar |
No mundo, nada é fácil, especialmente para quem trilha o caminho da honradez e da austeridade.
A difícil arte de julgar requer além da habilidade específica da tarefa, da elevação de conduta e do cultivo de valores de dignidade e respeito pelo próximo.
Jesus quando convidado a emitir parecer sobre a conduta de alguém, advertiu que não ostentava a missão de julgar, ressaltando que a Sua era de esclarecer, educar e apontar rumos, deixando aos interessados a liberdade de escolha sob o alerta das responsabilidades decorrentes.
A experiência demonstra que em todos os tentames da vida, ninguém está isento de erros, porquanto, a aprendizagem sucede por repetições quase sempre acompanhadas de equívocos como condição imprescindível a fixação do conhecimento que liberta o aprendiz das dúvidas que o sitiava.
Apesar do decurso dos milênios, as pessoas insistem em reprovar ou abonar condutas, desprovidas de conhecimento de causa, das razões de agir, emitindo juízo de valores a revelia daquele que está julgando.
O julgador de prontidão, incapaz de vencer na vida com esforços construtivos, fica a espreita para sondar o menor equívoco daqueles que inveja, provocando intrigas e embalado pelo instinto doentio, busca denegrir a honra e brio com as falácias das maldades.
Em ligeira conclusão, afora aqueles que ocupam a função legal de julgar nas cercanias sociais, no que tange aos valores morais, os julgamentos humanos são quase sempre frívolas, superficiais ou caprichosos...
Isto sucede porque são bem poucas as pessoas que acreditam nos valores éticos do seu próximo, sempre julgando conforme a própria conduta.
Coluna da Associação de Divulgadores do Espiritismo de Maringá – ADEMA. Acesse o site WWW.ademaespirta.org.br e conheça mais sobre o espiritismo.
(*) Francisco José de Souza é Promotor de Justiça
Foto: Reprodução |
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