29.05.2012 |
Gostaria de ver |
Gostaria de ver essa novela sobre a copa do mundo de futebol ser mais bem explicada.
Quando fomos (Brasil) disputar junto a FIFA, o direito de sediar a Copa 2014,com certeza assumiu muitos compromissos.
Teria o governo de então(lula) concordado com tudo o que a FIFA está exigindo?
Não foram previstos os direitos da nossa soberania, das nossas leis, enfim dos nossos usos e costumes?
É normal a FIFA exigir, entre outras coisas, meios de transporte adequado, segurança, locais de hospedagem, alimentação, et...
Pode exigir também os locais compatíveis para a prática do futebol, que não sei por que hoje são chamados de “arena”.
Aí nosso país inovou. Muitas cidades em estados, onde não existe o futebol profissional, está sendo investido muito dinheiro para as construções de arenas necessárias, que depois ficarão as moscas. Pois se a prática do esporte não existe com frequência, caberá ao poder público manter esses locais.
Ou seja, o contribuinte, gostando ou não do futebol vai pagar um tributo, mais esta conta.
Estamos abrindo mão de nossas leis, já consagradas, para permitir cervejas nos estádios.
As consequências desta permissão além de ferir nossa autonomia, poderá haver badernas com brigas, ferimentos e até mortes.
É lógico, nosso governo terá quer arcar com tudo, pagando as indenizações.
A FIFA só quer os direitos de seus patrocinadores poderem vender a cerveja. As consequências não serão deles. Os torcedores e seus familiares que se danem.
Vamos dar férias aos nossos alunos, para os serviços públicos, tudo para uma pátria de chuteiras. E talvez no fim ainda ouvirmos o comentário desta vez não deu. Coisas de futebol.
E os outros não amantes deste esporte, só ficam pagando a conta indiretamente.
É uma piada dizer de o brasileiro ser amante do futebol. O brasileiro gosta sim do futebol do seu clube ou seleção. Mas ele não gosta do futebol do seu principal rival. Quando seu clube afunda, quer mais que aconteça o mesmo para o outro.
Aliás, o futebol mudou e muito. Antes no estádio os boleiros eram esportistas, e os jogadores jogavam mais pela camisa que pelo tutú. Hoje eles se consideram trabalhadores e jogam mais pelo fim do mês.
O uniforme era a camisa com a cores e o distintivo do seu clube.
Hoje, as camisas são de várias cores, com variados nomes de empresas, que devem mandar nos clubes, pois o patrocinam, e por fim até as chuteiras entraram nesta. Está longe de um uniforme de clube.
Mas em compensação corre muito dinheiro.
Gostaria de ver o final desta Copa sem muitos, sem que haja muitos problemas para as nossas famílias e o nosso Brasil.
Waldemar Allegretti, foi professor, secretário de Justiça do Estado do Paraná, presidente do BRDE, é produtor rural e advogado maringaense.
Foto: Reprodução |
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