19.06.2012 |
Gostaria de ver |
Minha querida Maringá.
Cidade que me acolheu a mais de cinquenta anos.
Onde fiz minha vida, minha família, tive e estou tendo mais alegrias que tristezas.
A nossa cidade tem algumas coisas difíceis de ser entendidas, pelo menos para mim.
Existe uma lei do então prefeito Adriano Valente, dizendo ser o símbolo de Maringá um monumento na praça sete de setembro, composto de um homem nu e três machados estilizados.
A praça mudou de nome sedo apelidado como a praça do “peladão”, e os machados nem citados foram.
O “peladão” representa o pioneiro de Maringá, que aquí chegaram sem bens materiais, tendo como instrumento o machado, para abrir a floresta e poder instalar-se. Com os braços erguidos invoca a proteção de Deus para abençoá-lo em suas atividades.
Esta é uma das explicações para o simbólo de Maringá.
Porém passou a ser símbolo de Maringá a nossa catedral. Com o devido respeito à catedral merece sim ser um símbolo, mas religioso ou católico. Legalmente não é o símbolo da cidade Maringá.
Ou então vamos mudar a lei.
Maringá teve a rara felicidade de ser uma cidade planejada, e até lançada em cerimônia realizada em 10 de maio de 1947.
Mas naquela ocasião ela não existia legalmente. Passou a existir quando recebeu, digamos assim a certidão da nascimento, ou seja, sua emancipação política da cidade de Mandaguari. Isto foi em 1952.
Contar a idade de Maringá a partir de 1947 é o mesmo que contar a data de um filho a partir do dia do casamento dos pais e não do dia do seu nascimento.
Algum dia isto vai mudar? Não creio, pois a população já adotou 10 de maio e o ano de 1947.
Felizmente uma lei proibiu a mudanças dos nomes das ruas, que foi um planejamento muito bem estudado. Não merecia tem acontecido algumas mudanças. Enfim não vai acontecer mais.
Mais uma vez escrevo que gostaria de ver uma solução para o nosso Horto Florestal.
Um local que os menos jovens conheceram, onde possui também uma área desmatada, onde foi um grande viveiro de mudas da nossa cidade..
Acredito ser um local ideal para um hotel ambiental. As árvores permaneceriam, os animais poderiam ser incorporados à mata, sendo mais um atrativo para os nossos turistas e até para os moradores.
Quantas crianças e mesmo adultos nunca viram fora da TV, animais silvestres, ou mesmo uma quantidade e variedades de borboletas?
Com um planejamento bem conduzido, sem o exagero de ecos-chatos poderíamos tem uma fonte de lazer e de empregos e rendas na nossa cidade, além de que poderíamos ter uma escola de hotelaria, assim como estágios para a faculdade de gastronomia.
Quem sabe um dia isto acontece.
Gostaria de ver.
Waldemar Allegretti, foi professor, secretário de Justiça do Estado do Paraná, presidente do BRDE, é produtor rural e advogado maringaense.
Foto: Reprodução |
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