02.02.2013 |
Mortes coletivas |
A solidariedade e a fraternidade são virtudes que concorrem para o reinado de justiça, de paz e da harmonia.
Para o Espiritismo, “a solidariedade se assenta numa lei universal da Natureza, que liga todos os seres do passado, do presente e do futuro e a cujas consequências ninguém pode subtrair-se. É esta uma coisa que todo homem pode compreender, por menos instruído que seja”.
Às vezes o incompreensível se concilia com a justiça de Deus, se torna claro e lógico mediante o conhecimento dessa lei.
A sabedoria dos axiomas que todo efeito tem uma causa e que não há o acaso no Universo, uma vez consorciados com a lei da reencarnação, resulta compreensível que as provas coletivas têm ascendência em um passado que convoca as mesmas almas a estarem juntas, sendo atraídas por circunstâncias das mais inusitadas, para cumprirem com os planos adrede traçados em outras existências.
Ainda ao rigor da lei de ação e reação, muitas ações coletivas que concorreram para atear fogo visando honrar a divindade ou para eliminar os males dos outros, através das fogueiras santas, reclamam reajustes na silhueta do tempo.
A dinâmica da vida também é indicativa de que muitas provas individuais concorram com outras coletivas visando o progresso da sociedade e da própria Humanidade, modificando e transformando costumes e a eleição de novas atitudes, enfim, despertando as consciências adormecidas para preservar a vida que é patrimônio divino.
Em quaisquer circunstâncias, a lei do Amor vige soberana em todo o Universo, em cujos cânones as almas se envolvem dando o testemunho da imortalidade e continuidade da vida.
Nada obstante os propósitos coletivos, tais iniciativas não isentam de responsabilidades as autoridades públicas e demais pessoas que concorram para o evento, especialmente, quando existem interesses velados e inconfessáveis, próprios do egoísmo perverso e vilão do progresso ético e moral.
Numa sociedade perversa, os ventos dos desesperos e da anarquia sopram em todas as direções, ameaçando de destruição tudo quanto encontram, deixando os rastros da tristeza e das frustrações que se unem em clima de amargura,
diante de vidas ceifadas de forma prematura...
As paisagens dos desastres de todos os matizes cessarão quando os homens houverem por eleger uma consciência responsável, eliminando as causas dos males, promovendo o equilíbrio e o progresso individual e coletivo.
Francisco José de Souza é Promotor de Justiça.
Coluna da Associação de Divulgadores do Espiritismo de Maringá – ADEMA. Acesse o portal www. ademaespirita.org. br e conheça mais sobre o Espiritismo.
Foto - Reprodução |
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