02.09.2011 |
Múmias morais |
A expressão vem indicar aqueles que, apesar de viver, são desprovidos de energias que as capacitem para bem viver. São pessoas que se comprazem em viver os programas de degradação humanas, ávidos pela conquista da fama, a custa da imoralidade, dos interesses escusos e perda da dignidade.
Com as exceções compreensíveis, a sociedade vive um período de loucura pelo ter e o poder, alucinada pelas fantasias da fama como recurso para esconder-se, dando vazão às paixões soezes...
Em face disso, é justo considerar que enquanto o homem teima em caminhar pelo vale das sombras do ter e o do poder, vive escravocrata nas redes vigorosas do egoísmo e dos interesses subalternos.
A propósito, os mensageiros do bem estão a indicar que “a pessoa não é o que tem ou pensa administrar, mas é os seus valores espirituais, a sua capacidade de Amar, os tesouros inalienáveis da bondade, da compaixão, do sentido existencial.”
O eminente médico Jung propunha que “a conquista da consciência iluminada, rompe a cadeia do sofrimento, adquirindo assim o significado metafísico e cósmico.”
A Doutrina Espírita com a missão de libertar as consciências adormecidas propugna acerca da perenidade da vida material, que conduz forçosamente ao homem a realidade dos verdadeiros tesouros que deve cultuar, consciente de que os interesses materiais são confiscados na alfândega tumular.
Quando o homem logra despertar para a realidade da vida, naturalmente tende a romper com o estado de mumificação moral, vislumbrando os tesouros que compõe o reino celestial, para isentar-se das ilusões fugitivas que apenas encanta as pessoas desprovidas de senso moral.
Sempre há tempo para o despertar de consciências, rompendo com o estágio de mumificação moral impeditivo para vislumbrar os verdadeiros encantos da vida.
(*) Francisco José de Souza é Promotor de Justiça
Coluna da Associação de Divulgadores do Espiritismo de Maringá – ADEMA. Visite o site WWW.ademaespirita.org e conheça mais sobre o espiritismo.
Foto: Reprodução |
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