18.12.2012 |
Advogado é suspeito de atentado à Câmara Municipal |
Um advogado de Maringá foi apontado como mandante do atentado contra a Câmara Municipal de Maringá (CMM) que aconteceu em julho deste ano. A denúncia veio do núcleo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por ameaça a autoridades locais.
A intenção do atentado seria intimidar as autoridades e a chefia da 9ª Subdivisão Policial (SDP), porém o motivo ainda não foi esclarecido. Além dele, um detento também foi denunciado, porque teria ameaçado o autor dos disparos depois do crime.
Segundo o promotor, Laércio Januário de Almeida, que cuida do caso, as investigações apontam que o atirador teria agido a mando do advogado de Maringá. Os denunciados serão intimados e poderão se defender.
Durante interrogatório, o acusado de ter efetuado os disparos contra o prédio do legislativo, preso em março deste ano, informou que foi coagido pelo advogado a praticar o crime. Por esse motivo, o advogado teria pedido depois ao detento que ameaçasse o autor dos disparos.
Para o Ministério Público (MP), o advogado estaria estimulando a população carcerária a aplicar contra o autor dos disparos à Câmara \\\"os rigores da impiedosa e silenciosa lei do cárcere, cuja fonte advém dos costumes intramuros dos presídios, onde o alcaguete sofre grave discriminação, represálias e outras barbáries”.
Os dois são acusados “usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral”, conforme artigo 344 do Código Penal. A pena prevista é de prisão de um a quatro anos e multa, além da pena correspondente à violência.
Victor Cardoso
Foto - Reprodução |
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