23.11.2008 |
Conseg apóia estruturas de segurança pública |
O Conselho de Segurança (Conseg) de Maringá foi fundado, oficialmente, no dia três de junho de 1983, tornando-se o primeiro conselho comunitário de segurança do Brasil.
O Conseg é formado por um grupo de pessoas da sociedade civil organizada que se reúnem para discutir, analisar, planejar e encontrar soluções para aumentar a segurança pública da Cidade, seja através de campanhas educativas, apoiando as estruturas de segurança ou reivindicando melhorias para esse setor.
De acordo com o diretor-executivo da entidade, Amauri José Pereira da Silva, o Conseg realiza, promove e participa de campanhas educativas como a do Desarmamento Infantil, transporte adequado de crianças em automóveis, respeito as leis de trânsito, oficina de prevenção ao uso de drogas, palestras, Olimpíada de Redação, Ciclo de Estudo com Comunidade Terapêuticas de Maringá, aprovação da lei seca nas proximidades da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e apóia a reestruturação e modernização das estruturas policiais.
“O Conseg atua em outras frentes de trabalho, pois agora Maringá conta com canil policial e é o único do Estado que identifica e fareja pessoas desaparecidas, seqüestradas, também ajudamos a modernizar o 190 da Polícia Militar, programamos na 9ª Sud Divisão Policial (SDP) um software de gerenciamento, que auxilia na captação de informações sobre algum indivíduo capturado e com banco de dados que levanta a ficha criminal de qualquer pessoa e se tem algum mandado de prisão aberto em seu nome. Tudo isso foi feito com ajuda financeira do Conseg”, disse Silva.
Amauri Silva revelou que desde o começo do ano, a Polícia Civil da Cidade contabilizou 39 homicídios e isso comprova, na concepção dele, que se Maringá for comparada com outras cidades do mesmo porte, ela pode ser considerada segura.
“Maringá é segura se comparada com cidades do mesmo porte que a dela, porém ainda não está nos parâmetros almejados pelo Conseg. A Cidade será mais segura quando apresentar menos problemas no setor, entretanto, eu considero que uma das soluções é proporcionar para as crianças e adolescentes educação em tempo integral, pois assim não ficarão nas ruas e se manterão longe das drogas, grande causadora de problemas sociais que resultam na (in)segurança pública”, revela Silva.
Conforme o diretor do Conseg, Maringá é um bom lugar para se viver, porque tem qualidade de vida, universidade pública modelo, empresas boas para trabalhar, contudo defende que bastante coisa ainda precisa ser feita na área de segurança, porém, para que isso aconteça se faz necessária a participação da população, que ao ser vítima de um crime, denuncie, preste queixa, pois somente após a elaboração do Boletim de Ocorrência esse crime passará a fazer parte do banco de dados, já que são essas estatísticas que revelam os locais, horários e objetos que são mais furtados e visados pelos bandidos e possibilitam a iniciativa de medidas repressivas.
Outro problema enfrentado pelos maringaenses, no que diz respeito à segurança pública, é o número de efetivo policial, quantidade inferior ao registrado há 30 anos.
“O baixo efetivo é um problema sim, mas é preciso levar em consideração que os policiais precisam ser qualificados, bem remunerados e honestos. Estamos promovendo junto com a Polícia Militar uma força-tarefa, e isso é resultado da melhoria do atendimento do 190, que antes era defasado e foi modernizado com recursos do Conseg, cerca de R$ 15 mil. Maringá pode ser considerada segura sim, contudo, muito ainda pode ser feito e faremos na medida do possível”, finaliza Silva.
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