Dirigentes do Sindicato dos Motoristas Rodoviários de Maringá (Sinttromar) seguem entregando panfletos no Terminal Intermodal para informar a população sobre a greve do transporte coletivo que iniciou à zero horas de quarta-feira. Muitos trabalhadores que precisaram de ônibus ontem acabaram se atrasando ou então chamando um carro por aplicativo.
Roberto Jacomelli, diretor executivo da Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC), Roberto Jacomelli, informou que o transporte municipal está com 50% da frota parada, enquanto os ônibus metropolitanos 95%. Em entrevista para a rádio CBN Maringá, ele disse que “infelizmente, o sindicato descumpriu a decisão judicial do Tribunal Regional do Trabalho, na qual nós podemos utilizar no mínimo 70% do nosso contingente. O Sinttromar está impedindo a saída dos ônibus da garagem. Depois de mais de duas horas de atraso, a garagem da rodovia PR-317 foi liberada.”
De acordo com o Sindicato, a última assembleia da categoria não aceitou perdas de direitos e a negativa de reajuste salarial de 2,3%. Audiências públicas e reuniões entre Sinttromar e Prefeitura foram realizadas antes da tomada de decisão.
A desembargadora Ilse Marcelina Bernardi Lora definiu que o direito de greve só é assegurado se houver manutenção de 70% do contingente de motoristas e cobradores trabalhando; por sua vez o Sinttromar anunciou que vai cumprir a determinação de paralisar somente 30% dos profissionais, tomando por base os dados de fluxo de veículos durante pandemia.
“O sindicato vai buscar, claro, se adequar para atender à demanda da Justiça. Ontem fizemos o levantamento junto com a Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) e Cidade Verde para sabermos a totalidade de funcionários, sem descontar os que efetivamente não estão à serviço”, disse o dirigente Emerson Viana Silva.
As empresas de transporte informaram que não vão medir esforços para seguir atendendo a população com ônibus coletivos urbanos e metropolitanos, incluindo viagens para Sarandi e Paiçandu.
Redação JP
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