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APP-Sindicato quer servidores vacinados para retorno das aulas

Está marcada para a próxima sexta-feira, às nove horas, uma reunião online do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Paraná (APP-Sindicato) para organizar o comando de greve a nível estadual com início no dia 18 de fevereiro. A paralisação ficou definida em assembleia realizada no último dia 23. Objetivo é definir as ações, tanto no Paraná, quanto em Maringá e região.

“As ações devem ser em torno de como começar as atividades. É mais para fortalecer o movimento. Ontem, por exemplo, em Curitiba e região metropolitana os representantes foram até a Secretaria de Educação (Seed) com a pauta contrária a redução da carga horária das disciplinas de arte, filosofia e sociologia. Por aqui também teremos pautas a serem cumpridas” explicou Fabio de Oliveira Cardoso, da secretaria de finanças da APP-Sindicato.

São várias as reivindicações dos profissionais da educação. Quanto ao modelo de retorno das aulas, de forma híbrida, que foi proposto pelo Governo Estadual, o Sindicato aponta alguns motivos para ser contrário.

“Primeiro que as escolas não tem estrutura tecnológica conforme a Seed diz que tem; e segundo que é extremamente arriscado o professor retornar para sala de aula sem ter a vacinação dos profissionais. Se o docente trabalhar três períodos, por exemplo, já são 15 horas de trabalho com pelo menos 20 alunos em sala. Queremos ter segurança em relação a todos os professores, em especial aos que pertencem a grupos de risco. Professores vacinados, é o mínimo que exigimos. Na Argentina eles serão vacinados. Precisamos ver o modelo de retorno que está sendo proposto em outros países e adaptar para nossa realidade”, falou o secretário.

Fabio completou explicando a dificuldade em manter as regras sanitária entre crianças e adolescentes. Muitas questões surgem neste momento: “como você vai dizer para criança não pegar material do amigo, para ela ficar no lugar, que não tire a máscara, beba sua própria água, entre outras situações. Na prática é totalmente diferente. Numa sociedade européia, que não tem o hábito do contato, isso é possível; agora o Brasil é abraço, é carinho, é contato físico, será impossível.”

A distribuição das aulas, provavelmente, deve acontecer na próxima semana e a resolução é aguardada para que não venha de forma arbritária, penalizando professores do Processo Seletivo Simplificado (PSS) ou que estão de atestado; as informações são da APP-Sindicato de Maringá.

“Deverá vir uma resolução nesse sentido. Tiveram professores que foram advertidos porque a secretaria da educação considerou baixo o acesso a plataforma de aula, o Núcleo Regional de Educação (NRE) chamou alguns docentes e advertiu”, informou Cardoso.

ESTADO
Em comunicado divulgado pela APP-Sindicato, o texto relata que professores e funcionários também lutam contra os ataques do Governo que insiste na terceirização de funcionários, suspendeu a reposição salarial do acordo da greve de 2015, alterou critérios na contratação de professores PSS, congelou as carreiras e implantou escolas militares por todo o Paraná.

Além da defesa da vida e melhores condições sanitárias, os profissionais cobram concurso público para professores e funcionários de escola, resolução de distribuição de aulas com todos os direitos mantidos, a revogação da lei que permite a terceirização de funcionários de escola e exige a realização da Conferência Estadual de Saúde do Servidor. “A categoria deve fortalecer o debate e convidar os colegas de trabalho para fortalecer a luta pela vida e direitos dos trabalhadores da educação do Paraná. É momento de construir uma greve forte, com a unidade de professores e funcionários para que o governo cesse os ataques à categoria e reabra os canais de diálogo”, concluiu o presidente da APP-Sindicato, Professor Hermes Leão.

Redação JP
Foto – Reprodução

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