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Ora(ação), você sabe fazer?

É possível que nunca tantos, que não tinham o hábito da oração, independente da crença que professem, a estejam utilizando neste momento em que um ser invisível, o coronavírus, tem causado tanta destruição quanto bombas atômicas e outras armas que seriam utilizadas numa terceira guerra mundial. Há quem acredite que a Covid-19 foi uma alternativa utilizada pelo Mundo Espiritual Superior para, preparando a humanidade da Terra, para a grande mudança anunciada para um Planeta de Regeneração, impedindo mais uma guerra entre grandes potências.

O título é proposital, pois orar sem ação, sem agir, pouco e nada vale. Não adianta orar, rezar, para não contrair a covid-19, e não tomar os cuidados mínimos recomendados, como usar máscaras, higienizar as mãos, e descumprindo o isolamento social, ir para festas, baladas e outros tipos de aglomerações.

E você sabe orar? Parece fácil, mas para ter eficácia é preciso saber fazer a prece, e a seguir apresentamos recomendações de um Mestre, que na sua passagem pela Terra não frequentou universidades, Jesus Cristo. Eis as narrativas de três evangelistas:

1 – E quando orais, não haveis de ser como os hipócritas, que gostam de orar em pé na sinagoga, e nos cantos das ruas, para serem vistos dos homens; em verdade vos digo, que eles já receberam a sua recompensa. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e fechada à porta, ora a teu Pai em secreto; e teu Pai, que vê o que se passa em secreto, te dará a paga. E quando orais não faleis muito, como os gentios; pois cuidam que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não queiras portanto parecer-vos com eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, primeiro que vós peçais ( Mateus, VI:5-8)

2 – Mas quando vos puserdes em oração, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que também vosso Pai, que está nos Céus, vos perdoe os vossos pecados. Porque se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, vos não há de perdoar vossos pecados. (Marcos, XI: 25-26)

3 – E propôs também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, como se fossem justos, e desprezavam os outros: Subiram dois homens ao templo, a fazer oração: um fariseu e outro publicano. O fariseu, posto em pé, orava lá no seu interior desta forma: Graças te dou, meu Deus, porque não sou como os mais homens, que são uns ladrões, uns injustos, uns adúlteros, como é também este publicano; jejuo duas vezes na semana, pago o dízimo de tudo o que tenho. O publicano, pelo contrário, posto lá de longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Meu Deus, sê propício a mim, pecador. Digo-vos que este voltou justificado para a sua casa, e não o outro; porque todo o que se exalta será humilhado, e todo o que se humilha será exaltado. (Lucas, XVIII: 9-14).      

Sobre as passagens acima, Alan Kardec, no Livro o Evangelho segundo o Espiritismo, fez o seguinte comentário: As condições da prece foram claramente definidas por Jesus. Quando orardes, diz ele, não vos coloqueis em evidência, mas orai em secreto. Não fingi orar demasiado, porque não será pelas muitas palavras que serão atendidos, mas pela sinceridade delas. Antes de orar, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-a, porque a prece não poderia ser agradável a Deus, se não partisse de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade. Orai, enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu. Examinai os vossos defeitos, e não as vossas qualidades, e se vos comparardes aos outros, procurai o que existe de mal em vós.

E para concluir, lembramos uma música dos anos 80, cuja letra diz: ‘não adianta ir na igreja rezar (orar) e fazer tudo errado’. Que todos sejamos receptivos à bênçãos e ao socorro do Alto.

(*)Akino Maringá, colaborador do Blog do Rigon
Foto – Reprodução

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