A Construtora é de Londrina e foi alvo de mandados de prisão e de busca e apreensão por parte da Polícia Civil. O proprietário não estava na empresa e nem na sua residência em Sarandi, na Região Metropolitana de Maringá. De acordo com as investigações ainda em curso, a construtora atua há um ano na cidade de Londrina, onde firmou contrato de venda de 15 casas e só entregou uma. O que mais chamou a atenção da polícia foi o fato da empresa ter dois sócios, residentes em Sarandi, e que teriam recebido auxilio residencial. “São laranjas”, suspeita o delegado Edgar Soriani ao informar que o valor dos contratos não honrado é superior a R$ 5 milhões.
O administrador da tal construtora, cujo nome não foi divulgado, tem diversas passagens pela polícia por estelionato. Uma dessas passagens é de Manaus, onde o suspeito teria se passado por pastor para aplicar golpes. Atualmente ele reside em Sarandi, onde segundo o delegado ele também teria recebido auxílio emergencial e mora em uma casa muito bem localizada, com suítes, piscina e tem uma vida regada a festas. As investigações em que este construtor é apontado como suspeito de vários golpes, começaram em 2020, a partir de denúncia de uma empresa de informática, que alugou computadores que nunca foram devolvidos.
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Segundo a polícia, para ter credibilidade em suas operações, o homem agora procurado entregou um dos imóveis que vendeu. Aos demais compradores ele mostrava terrenos em fase de terraplanagem. Quando o comprador via que não receberia o imóvel, entrava com ação na justiça . E por incrível que pareça, quando cobrado o próprio construtor incentivava o comprador a entrar na justiça para poder dar esse tipo de justificativa ao golpe: “Olha, agora você perdeu os seus direitos, a sua entrada e as prestações pagas”. O delegado Soriani informou que a justiça emitiu mandado também para suspender as atividades da construtora.
Redação JP
Foto – Reprodução