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A cidade verde perde o Verde

Ao acordar nesta quinta-feira, 14 de outubro de 2021, soube de uma notícia que não esperava receber tão cedo, a da morte física de Verdelírio Aparecido Barbosa, para nós o Verde, fundador e diretor deste Jornal do Povo.
           
O inesperado da notícia é que conhecendo-o, e sua preocupação com a saúde  , caminhando  cerca de 10 kms quase todos os dias, ( algumas vezes caminhei com ele) sua disposição de um jovem, acreditava que  tivesse energia física para bem mais tempo.
           
Posso dizer que somos amigos. Conheço-o do jornal desde 96, quando cheguei a Maringá , e pessoalmente do começo dos anos 2000. Conversamos, tomamos café juntos, batemos papos caminhando na catedral, quando em virtude da pandemia deixou de fazer do parque ingá, seu local de exercício. Foi ele quem me convidou para escrever artigos para seu jornal e jamais pensei que um dia faria esta  homenagem, depois de fazer a alguns de seus amigos, como o Walfrido, no final do ano passado.
           
A manchete do seu amigo Rigon foi : ‘Morre Verdelírio Barbosa’ , e assim resumiu a carreira profissional e no jornalismo: Verdelírio Aparecido Barbosa foi um dos nomes mais importantes do jornalismo maringaense, com forte atuação na área política. Durante muitos anos atuou também como advogado, tendo sido procurador jurídico do município na gestão Silvio Barros (1973-1976). Atuou ainda no rádio maringaense, comandando programa diário na Rádio Cultura, das 11h às 12h. Foi colunista de O Diário do Norte do Paraná, O Jornal (do qual chegou a ser sócio) e Jornal do Povo, além de semanários. Fez parte da bancada que apresentava o telejornal da TV Maringá (Band) nos anos 90 e comandou outros programas jornalísticos na mesma emissora. Verde foi governador do LD – 6 do Lions Clube (99-00) e era Cidadão Honorário do Paraná.
           
Para nós, espíritas, morreu o corpo físico, mas o essência Divina, que constitui  a Alma , cujo corpo, numa existência de 80 anos, recebeu o nome de Verdelírio Aparecido Barbosa, apenas mudou de dimensão e vive no Mundo Espiritual, porque a vida é eterna.  
           
A você, caro Verde, algumas palavras, adaptadas de oração que consta do Livro Evangelho Segundo o Espiritismo:
           
‘Deus Todo-Poderoso, que vossa misericórdia se estenda sobre a alma do Verdelírio, que acabais de chamar para vós. Possam ser contadas em seu favor as provas por que passou na Terra, e as nossas preces alcançá-lo! Vós, Bons Espíritos que viestes receber essa criatura, e vós, sobretudo, que sois o seu Anjo Guardião, assisti-o, ajudando-o a se despojar da matéria. Dai-lhe a luz necessária, e a consciência de si mesmo, a fim de se livrar da perturbação que acompanha a passagem da vida corporal para a vida espiritual.
        
A ti,  Verde, que acabas de entrar no Mundo dos Espíritos, quero dizer que, apenas deixaste o corpo perecível, que logo será reduzida a poeira. Deixaste o envoltório grosseiro, sujeito às vicissitudes e à morte, e conservastes apenas os envoltórios etéreos, imperecíveis e inacessíveis aos sofrimentos materiais. Se não vives mais pelo corpo, vives entretanto pelo Espírito, e essa vida espiritual está isenta das misérias que afligem a Humanidade. Não tens mais sobre os olhos o véu que nos oculta os esplendores da vida futura. Podes agora contemplar novas maravilhas, enquanto nós continuamos mergulhados nas trevas. Vais percorrer o espaço e visitar os mundos, em plena liberdade. Os horizontes do infinito se desvendarão diante de ti, e ao ver tanta grandeza, compreenderás a vaidade das ambições terrenas, das nossas aspirações mundanas, e das alegrias fúteis a que os homens se entregam’.
      
Aos familiares, em especial os filhos, nossa solidariedade, que tenham a consolação e força   para prosseguir  na existência. Logo, logo, o Verde poderá ajuda-los invisivelmente. Neste momento precisa das orações e boas vibrações para a recuperação e adaptação à nova existência.

Akino Maringá, colaborador  
Foto – Reprodução

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