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Calor em Maringá chega a 37 graus e consumo de água explode

Calorão continua e previsão de chuva somente para segunda-feira que vem, segundo o Simepar. Por enquanto  maringaense segue sofrendo com a alta temperatura que ontem chegou a 35 graus. E vai ficar pior, dia 26, domingo, a previsão é que a temperatura alcance os 37 graus.

E haja água. A falta de chuvas regulares, as temperaturas mais elevadas e o consequente aumento no consumo de água, especialmente neste período de festas e férias escolares, colocaram sistemas das regiões dos vales do Ivaí e Paranapanema em alerta a partir de ontem.

De acordo com o comportamento do consumo,  segundo a Sanepar, pode ocorrer redução de pressão ou desabastecimento temporário em horários de pico, ou em dias nos quais, tradicionalmente, as atividades de limpeza doméstica estão concentradas, ou seja, sexta e sábado.

Os clientes passarão a receber o talão de tarifa na cor vermelha e não mais na cor azul como é tradicional para reforçar o alerta.

Neste momento, o alerta de alto consumo vale para as cidades de Apucarana, Rosário do Ivaí, Califórnia, Jardim Alegre, Faxinal, Jandaia do Sul, Mauá da Serra, Arapongas, Rolândia e Sabáudia. Conforme a necessidade, serão utilizados caminhões pipa para dar suporte ao abastecimento.

É fundamental a colaboração de todos no uso econômico da água tratada, evitando desperdícios e priorizando o seu uso para alimentação e higiene pessoal. As limpezas mais pesadas, como lavagem de carros, calçadas e fachadas, devem ser adiadas até que a situação se normalize.

NORTE – Na região do Norte Velho, cinco municípios também estão com alerta de alto consumo. São eles, Leópolis, Curiúva, São Sebastiao da Amoreira, os distritos de Panema (em Santa Mariana) e de Triolândia (em Ribeirão do Pinhal).

A situação é mais grave no Norte Pioneiro, onde a estiagem e a queda significativa dos níveis dos mananciais exigiram a implantação de rodízio no abastecimento, até que as chuvas voltem. No rodízio, a cidade é dividida em setores (grupo de bairros), que ficam sem o fornecimento de água num período e com água em outro.

Na terça-feira (21), o rodízio foi implantado em Santo Antônio da Platina e, ontem foi a vez de Carlópolis e Quatiguá.

Todos os esforços estão sendo feitos para possibilitar que nas vésperas e feriados de Natal e Ano Novo, dias 24 e 25, 31 de dezembro e 1º de janeiro, não haja interrupção do fornecimento de água.

Os clientes da Sanepar de Curitiba e Região Metropolitana recebem a partir desta semana a fatura de água na cor vermelha. O novo modelo, que substituirá temporariamente o azul tradicional da companhia, faz parte de uma estratégia para alertar sobre a necessidade do uso racional da água.

Desde agosto, as contas já trazem dicas de economia de água, que podem ser acessadas pelo celular por meio de um QR Code (código de barras em imagem quadrada). São práticas que as pessoas podem adotar para reduzir o consumo em 20%, conforme a campanha Meta20, lançada pela Sanepar com o objetivo de garantir níveis mínimos dos reservatórios durante a crise hídrica.

A medida deve se estender para as demais regiões do estado caso a crise persista.

O gerente regional da Sanepar Eduardo Luiz Arrosi atribui esse aumento às altas temperaturas no final do verão e início do outono, além do isolamento social. “As pessoas estão ficando mais em casa e com hábitos de higiene mais acentuados, como lavar mais roupas. Além disso, passamos por uma seca prolongada e altas temperaturas”, afirma.

Estes fatores afetam o abastecimento público porque a estiagem severa tem reduzido a capacidade de captação e produção de água. Em Vera Cruz do Oeste, no início de maio, a Sanepar foi obrigada a interromper a captação no Rio São Pedro, devido à queda na vazão, o que provocou diminuição de 30% na produção de água. Embora a produção tenha sido suficiente para atender à população, o sistema está no limite.

Em Diamante do Oeste, a redução na vazão do poço que abastece a cidade foi de 10% e, em contrapartida, o consumo de água aumentou 23%. “Isto desestabiliza o sistema e se o consumo não diminuir poderá faltar água”, diz Arrosi.

De acordo com o Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná) desde a primavera do ano passado, o regime de chuvas está 33% abaixo da média histórica, e a região Oeste foi uma das mais prejudicadas no período.

Em todo o Estado, a Sanepar tem feito campanha institucional para orientar e incentivar o consumo responsável de água, priorizando o uso da água para higiene pessoal e alimentação. Apesar da frente fria desta semana, segundo o Simepar, o cenário para os próximos meses não favorece a recuperação da umidade perdida durante a estiagem.

Jorge Henrique Lopes
Foto – JH

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