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COVID-19: Maringá vai vacinar crianças sem prescrição médica

“Assim que chegar vacinas contra Covid-19 para crianças de cinco a 11 anos no começo do ano, vamos aplicar sem prescrição médica”, esse é um trecho da publicação do prefeito Ulisses Maia sobre a vacinação de crianças contra a Covid-19. Dessa forma, a Secretaria de Saúde não deve seguir a orientação do Ministério da Saúde que seria a exigência de prescrição médica para imunizar os pequenos. O prefeito complementou que a aprovação da Anvisa torna a vacina confiável.

Mas essa não é uma medida tomada exclusivamente pela administração municipal, a tendência deve ser mantida pela maioria dos Estados e municípios brasileiros que não vão aceitar a insistência do Governo Federal, considerando que tal atitude dificulta o acesso a imunização. Na última sexta-feira, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) decidiu não cumprir a exigência de receita médica para vacinar crianças de cinco a 11 anos. O comunicado considera absurda a medida.

Um novo estudo da Fiocruz apontou que a imunização das crianças é uma estratégia importante para aumentar a cobertura vacinal da população brasileira. A pesquisa, submetida à Revista Brasileira de Epidemiologia, analisa a evolução da vacinação observando que o País está mais perto de uma tendência de estagnação. Em números, cerca de 85% dos brasileiros podem se vacinar, mas o ritmo da aplicação da segunda dose vem desacelerando desde setembro. Ampliar as faixas etárias seria a forma de superar a curva de estagnação e ampliar os benefícios.

Por sua vez, Ulisses Maia concluiu o assunto dizendo que “não podemos burocratizar ainda mais o processo de salvar vidas e proteger nossas crianças. Maringá confia na ciência.”

RETOMADA

As equipes da Secretaria de Saúde retomaram ontem a vacinação contra a Covid-19 em Maringá. A imunização estava paralisada desde sexta-feira, véspera de Natal, e as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estão atendendo até a próxima quinta-feira entre 10 e 15 horas. Podem receber a primeira dose pessoas com 12 anos completos ou mais em 26 postos de saúde; a lista completa está no site da Prefeitura. A segunda dose continua sendo aplicada em todos os públicos, respeitando o intervalo estabelecido por cada imunizante: Pfizer e Coronavac, 21 dias; Astrazeneca são 56 dias.

Já a terceira dose está liberada para pessoas com 18 anos ou mais com a segunda dose aplicada há pelo menos quatro meses. A dose do imunizante também é aplicada em pessoas com alto grau de imunossupressão com segunda dose recebida há mais de 28 dias. A dose de reforço da vacina da Janssen também está disponível.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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