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Maringá confirma a segunda morte por H3N2

Na semana passada a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) declarou epidemia de H3N2, um tipo do vírus Influenza, no Paraná. A doença, que ainda não tem vacina, fez mais uma vítima, um paciente idoso, de 100 anos, residente em Maringá que tinha comorbidades e morreu no dia oito de janeiro. Essa é a segunda morte por H3N2 registrada no município, a primeira foi uma mulher de 77 anos que também tinha comorbidades e faleceu em 11 de dezembro do ano passado.

“Temos um número pequeno de pessoas internadas com a doença, chegamos a 42 pessoas. A gente coleta uma amostragem e enviamos para Curitiba onde é feito o sequenciamento genético para saber o que o paciente tem. Hoje temos cinco pacientes internados, sendo que dois estão com sintomas moderados e acompanhamento contínuo e outros dois já com previsão de alta. Não podemos banalizar a H3N2, muito menos a H1N1, porque as doenças podem desenvolver para a forma grave e as consequências serem irreversíveis”, disse Marcelo Puzzi, secretário de Saúde de Maringá.

Ele adiantou que ainda esta semana será adotada uma nova forma de atendimento para esse público. A organização é feita juntamente com equipes da Prefeitura. Objetivo é lançar informativos reforçando que os pacientes com sintomas leves ou sem sintomas não precisam buscar um pronto atendimento. As pessoas devem aguardar, se isolar, até porque também há a Covid-19 com números crescentes de infectados. Ele reforçou que mesmo sem vacina, o tratamento da H2N3 é realizado com o medicamento Tamiflu e os sintomas são parecidos com os do novo coronavírus.

PARANÁ
No boletim sobre a doença divulgado na terça-feira, pela Secretaria de Estado da Saúde, o Paraná confirmou mais 481 casos e 28 mortes pela infecção da H3N2. No total são 40 óbitos e 1.313 confirmações em 187 municípios. Diagnósticos são monitorados desde dezembro de 2021

“Nesta época não costumávamos registrar a circulação do vírus da Influenza de maneira tão intensa, geralmente isso ocorre no inverno. No último ano tivemos uma baixa adesão na vacinação contra a Influenza e isso pode ter colaborado para o aumento da transmissão da doença. Todos os anos o Ministério da Saúde realiza campanhas nacionais de imunização contra a gripe Influenza. Somente no ano passado, o Paraná recebeu 5.165.200 vacinas. Até o momento, 449.330 doses ainda estão disponíveis nos municípios. Contamos com o apoio das equipes municipais para fazer essa vacina chegar até o braço dos paranaenses. Mesmo que seja da campanha passada, a imunização contra a gripe protege da maioria dos vírus circulantes e aumenta a imunidade contra a doença”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

DENGUE
Atualmente o Paraná tem 673 casos confirmados de dengue. Dos 60 novos divulgados no último boletim, seis foram registrados em Maringá. No período epidemiológico vigente, iniciado em primeiro de agosto de 2021 e que vai até julho deste ano, o município teve 56 confirmações, somando 700 notificações. Deste total, 591 casos foram descartados e 51 estão sendo investigados pela Sesa. O Estado não registrou nenhuma morte pela doença.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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