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A Nova Era

Alguns acreditamos que o coronavirus  veio por intervenção Divina, para evitar a terceira guerra mundial, mas nem  terminou a pandemia por ele provocada  e o Planeta se vê diante de uma situação, que qualquer passo mal calculado por potências mundiais, pode resultar numa reação que levaria ao uso de armas atômicas, a partir da Rússia, com conseqüências desastrosas para a humanidade com conflito generalizado entre as nações.
          
A paz parece distante, ao contrário do que acreditava um movimento que surgiu nos anos 1960-70, acreditando que o mundo estaria se aproximando de uma era de paz e prosperidade mundial, com crenças e práticas contrárias à bíblia, denominado a Nova Era.  Seus seguidores misturaram  práticas de religiões orientais, criando uma nova corrente de pensamento.

Mas a Nova Era começou bem antes e  encontramos no antigo e novo testamentos, resumidos e comentados no Livro o Evangelho Segundo Espiritismo, como veremos a seguir:

 ‘ Deus é único e Moisés o Espírito que Ele enviou em missão para torná-lo conhecido não só dos hebreus, como também dos povos pagãos. O povo hebreu foi o instrumento de que se serviu o Criador  para se revelar por intermédio do maior profetas, e as vicissitudes por que passou esse povo destinavam-se a chamar a atenção geral e a fazer cair o véu que ocultava aos homens a Divindade.
       
Os mandamentos de Deus, ditados por seu intermédio , contêm o gérmen da mais ampla moral cristã. Os comentários da Bíblia, porém, restringiam-lhe o sentido, porque, praticada em toda a sua pureza, não na teriam então compreendido. Mas, nem por isso os dez mandamentos de Deus deixavam de ser um como frontispício brilhante, qual farol destinado a clarear a estrada que a humanidade tinha de percorrer.
     
A moral que ensinou era apropriada ao estado de adiantamento em que se encontravam os povos que ela se propunha regenerar, e esses povos, semi selvagens quanto ao aperfeiçoamento da alma, não teriam compreendido que se pudesse adorar a Deus de outro modo que não por meio de holocaustos, nem que se devesse perdoar a um inimigo. Notável do ponto de vista da matéria e mesmo do das artes e das ciências, a inteligência deles muito atrasada se achava em moralidade  não se houvera convertido sob o império de uma religião inteiramente espiritual. Era-lhes necessária uma representação semi material, qual a que apresentava então a religião hebraica. Os holocaustos lhes falavam aos sentidos, ao mesmo passo que a ideia de Deus lhes falava ao espírito.
      
O Cristo foi o iniciador da mais pura e sublime moral, a evangélico-cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos; fazendo brotar de todos os corações a caridade e o amor do próximo e estabelecer entre os humanos uma solidariedade comum; de uma moral, enfim, que há de transformar a Terra, tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam. É a lei do progresso, a que a natureza está submetida, que se cumpre, e o Espiritismo é a alavanca de que Deus se utiliza para fazer que a humanidade avance.

São chegados os tempos em que se hão de desenvolver as ideias, para que se realizem os progressos que estão nos desígnios de Deus. Têm elas de seguir a mesma rota que percorreram as  de liberdade, suas precursoras. Não se acredite, porém, que esse desenvolvimento se efetue sem lutas. Não; aquelas ideias precisam, para atingirem a maturidade, de abalos e discussões, a fim de que atraiam a atenção das massas. Uma vez isso conseguido, a beleza e a santidade da moral tocarão os espíritos, que então abraçarão uma ciência que lhes dá a chave da vida futura e descerra as portas da felicidade eterna. Moisés abriu o caminho; Jesus continuou a obra; o Espiritismo a concluirá. (Um Espírito Israelita.Mulhous- 1861-

Um dia Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo. Depois da luz viva, voltaram as trevas. Após alternativas de verdade e obscuridade, o mundo novamente se perdia. Então, semelhantemente aos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos se puseram a falar e a vos advertir. O mundo está abalado em seus fundamentos; reboará o trovão. Sede firmes!
              
A revolução que se apresta é antes moral do que material. Os grandes Espíritos, mensageiros divinos, sopram a fé, para que todos vós, obreiros esclarecidos e ardorosos, façais ouvir a vossa voz humilde, porquanto sois o grão de areia; mas, sem grãos de areia, não existiriam as montanhas. A cada um a sua missão, a cada um o seu trabalho. Não constrói a formiga o edifício de sua república e imperceptíveis animálculos não elevam continentes? Começou a nova cruzada. Apóstolos da paz universal, e não de uma guerra, modernos São Bernardos, olhai e marchai para frente; a lei dos mundos é a do progresso. (Fénelon Poitiers, 1861)’

E complemento eu ( Akino): Depois da tempestade vem a bonança, disse um ditado popular. Quem sabe a absurda agressão da Rússia à Ucrânia, que gerou uma reação mundial, quase unânime, com sanções econômicas ao governo Putin, que afetam o povo russo, não represente o fim das guerras e uma  era de paz entre as nações.

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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