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Profissionais alertam sobre riscos com fogão a lenha ou carvão em casa

Em 2019, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou em suas pesquisas o dado de que um quinto das famílias brasileiras voltaram a usar a lenha ou carvão para cozinhar. Em meio às altas do desemprego e dos preços do gás de cozinha, 14 milhões de famílias brasileiras usavam lenha ou carvão para cozinhar em 2018, cerca de 3 milhões de famílias a mais que em 2016. Atualmente, mesmo sem levantamento oficial, é provável que ainda mais pessoas tenham adotado essa alternativa.

Com a previsão de que, nos próximos dias, o gás de cozinha custe entre R$ 128 e R$ 133 em Maringá, muitos podem migrar para o fogão a lenha, na maioria das vezes estruturas improvisadas. Por isso, o tenente Alex Boni, do Corpo de Bombeiros da Cidade, alertou sobre os cuidados que devem ser tomados, principalmente quanto a ventilação do ambiente e a forma correta na utilização da brasa.

Ele salientou que atualmente é muito difícil de encontrar domicílios que tenham fogões que comportem os combustíveis lenha e carvão, diferente do que acontecia na vida rural. A intoxicação pela fumaça e possíveis queimaduras são os principais riscos. Sendo assim, onde o fogão estiver instalado deve haver uma boa ventilação e circulação de ar, para que o material seja consumido da forma correta.

A pneumologistas Laís Chaves explica que a fumaça liberada nos fogões a lenha ou a carvão está intimamente relacionada com o desenvolvimento de infecção aguda no trato respiratório, bronquite crônica, tuberculose, doença isquêmica do coração, câncer de laringe, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e outras.

“Entre os fatores que intensificam o mal causado por essa fumaça estão: geralmente não há uma saída (chaminés) para a fumaça do fogão; os fogões a lenha ficam dentro das casas que não são bem ventiladas; além dos fogões serem usados por longos períodos, tornando a exposição persistente e duradoura. A fumaça emitida pelos fogões à lenha provoca uma série de doenças, já que as micropartículas invisíveis são absorvidas pelos pulmões. A depender do grau de complicação, o indivíduo pode sim vir a óbito”, concluiu a profissional da saúde.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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