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Julho seco histórico é registrado em Maringá

Um levantamento divulgado pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) apontou a situação preocupante com o inverno seco histórico que Maringá está enfrentando este ano. O relatório mostra que, historicamente, em julho as chuvas somam cerca de 75 milímetros; todavia, com mais de 20 dias do mês, foram apenas 1,4 milímetro de chuva, déficit de 74 milímetros. Ou seja, praticamente não choveu o mês todo e isso se deve por um bloqueio atmosférico que manteve as temperaturas elevadas.

Essa situação não é exclusiva de Maringá, mas atinge as regiões norte e noroeste do Paraná. O bloqueio aconteceu nos primeiros 10 dias do mês e mesmo com algumas precipitações, o bloqueio aconteceu novamente. O meteorologista do Simepar, Samuel Braun, informou que haverá mais uma sequência de dias sem chuva no Estado. Ele destacou a situação crítica de cidades como Maringá, Londrina, Cornélio Procópio e Paranavaí que não chegam a dois milímetros de chuva em julho.

A condição de tempo seco também influencia diretamente na umidade relativa do ar, que pode atingir níveis críticos em alguns setores. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os níveis ideais para garantir a qualidade de vida da população variam entre 60% e 80%. Quando o índice estiver abaixo dos 30%, o quadro já é considerado preocupante. Em Maringá, o Simepar apontou que o índice varia entre 21% e 50%.

Outra preocupação com o tempo seco é em relação aos incêndios. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Maringá houve redução de 61% no número de ocorrências no município. Este ano foram 78 ocorrências de incêndios ambientais; num comparativo com o ano passado, no mesmo período foram registrados 204 incêndios em vegetação. A redução é porque as queimadas começaram mais cedo, em abril de 2021. O preocupante, para os bombeiros, é que os incêndios devem começar no segundo semestre em Maringá.

Importante frisar que incêndio florestal é crime com pena de dois a quatro anos, mais pagamento de multa. Denúncias devem ser feitas na Ouvidoria 156 ou diretamente no Corpo de Bombeiros 193.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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