Início Maringá Usinas fotovoltaicas vão alimentar todos os prédios públicos, diz secretário

Usinas fotovoltaicas vão alimentar todos os prédios públicos, diz secretário

A Prefeitura de Maringá paga, atualmente, cerca de R$ 1,5 milhão com energia elétrica. Essa informação foi passada pelo secretário de Governo, Hércules Maia Kotsifas. Segundo ele, com a construção de duas usinas fotovoltaicas no município, por meio do Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), a economia deve chegar a 90% deste valor.

“As usinas terão capacidade para alimentar todos os prédios públicos do município. Postos de saúde, creches, hospitais, até os semáforos. Cada unidade deverá ter 48 hectares e vai gerar 5 megawatts de energia produzida com 11.300 placas em cada espaço. Temos um pré-projeto feito pelo Governo Alemão que fomenta energia limpa. Para executar, contratamos uma empresa que vai entregar o projeto pronto em até 20 dias. O planejamento é que licitação seja feira no início do ano, vai durar até 60 dias e, se tudo der certo, em abril começaremos as obras”, disse Kotsifas.

O secretário disse que os esforços serão para que as usinas estejam funcionando até o final de 2023. Na semana passada, a Câmara de Vereadores autorizou que a Prefeitura faça um empréstimo de R$ 80 milhões para essa iniciativa junto à Caixa Econômica Federal. A Prefeitura terá 10 anos para quitar a dívida do empréstimo, com 12 meses de carência e juros de 1% ao mês. Mas, segundo Kotsifas, a intenção é quitar os valores em um tempo menor.

QUESTIONAMENTOS
O Observatório Social de Maringá enviou um ofício à Câmara Municipal questionando a aprovação do empréstimo. O órgão solicita esclarecimentos sobre a necessidade desse valor e pediu encaminhamento do estudo e orçamentos realizados para a obra. O Projeto de Lei foi aprovado por 14 vereadores. O OSM fez questão de que todos os vereadores tivessem acesso ao ofício físico para leitura e compreensão dos questionamentos. Nesse documento há informação que houve dificuldade de acessar o trâmite que comprova o valor no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) do Poder Legislativo.

A Câmara tem mais 10 dias para responder as perguntas. Todavia, Alex Chaves (MDB), líder do prefeito no Legislativo, informou que a Prefeitura entregou estudo impresso explicando detalhes antes da votação. Ainda segundo Chaves, o argumento defendido na tribuna, para validar o empréstimo, foi que, com o tempo, a economia do município com a energia solar, estimada em R$ 2 milhões, pagaria as prestações dos R$ 80 milhões.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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