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Criador e criaturas

Uma frase postada por um amigo inspirou-nos a fazermos reflexões sobre a relação de Deus, o Criador, com   os seres humanos, as criaturas inteligentes de Sua obra. A frase é a seguinte: ‘ Deus nos colocou no mundo para os outros’. Vamos analisá-la:

      Deus, para os que não temos dúvidas da sua existência, é o Criador de tudo. Numa definição  encontrada no Livro dos Espíritos,  na questão número 01, é a Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas.’

      ’Que é mundo? Muitos acreditam que a Terra seja o mundo, confundindo-a com o universo. Mas está provado pela ciência que a Terra é um pequeno, muito pequeno , dentre os planetas, um ‘mundinho’.  Segundo o E.S.E., Cap. III,  pertence à categoria  dos mundos de provas e expiações, por isso, nela o homem é alvo de tantas misérias.

A frase postada por meu amigo é completada com: ‘ nos colocou (…) para os outros ’. A ela podemos acrescentar um resumo do prefácio do E.S.E, em 1863, ditado pelo Espírito da Verdade, que muitos acreditam se trata de um grupo de auxiliares diretos de Jesus:

 ‘Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos Céus, qual imenso exército que se movimenta ao receber as ordens do seu comando, espalham-se por toda a superfície da Terra e, semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos e abrir os olhos aos cegos. As grandes vozes do Céu ressoam como sons de trombetas, e os cânticos dos anjos se lhes associam. Nós vos convidamos, a vós homens, para o divino concerto. Tomai da lira, fazei uníssonas vossas vozes, e que, num hino sagrado, elas se estendam e repercutam de um extremo a outro do universo. Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos junto de vós. Amai-vos, também, uns aos outros e dizei do fundo do coração, fazendo as vontades do Pai, que está no Céu: Senhor! Senhor! … e podereis entrar no reino dos Céus.’

Assim podemos concluir que faz sentido dizer que  Deus nos tenha colocado na Terra para  uns aos outros, amando-nos  e aos próximos como a nós mesmos, como no resumo da Lei contida nos 10 mandamentos, proposto pelo Mestre de Nazaré, que acrescentou:’ Amar a Deus, sobre todas as coisas’.

  Amar, digo eu,  é fazer pelos os outros tudo que gostaríamos que fosse feito por nós e não fazer para os outros, nada que não gostaríamos que  fizessem para nós.

  Amar, podemos complementar, é não matar, não adulterar, não furtar, não dar falso testemunho (  fakes news).É não participar de atos de corrupção,  não desviar dinheiro público. Quem ama ao próximo não defende o uso de armas, a não ser pela polícia, pois podem matar.  Não adultera nada, para se beneficiar   ou a terceiros. Não furta esperanças e não se furta a defender os mais fracos.  Amar é não mentir, não arrumar desculpas para se justificar de atos cometidos.

Amar a Deus, acima de todas as coisas é cumprir a sua lei, fazer pelas criaturas, tudo  de bom, que um bom pai gostaria que fizéssemos  a   cada um de  seus filhos, independente de interesses materiais.

 Mas não se  pode servir a Deus e a Mamom, que significa dinheiro em hebraico, disse Jesus, nos advertindo contra a cobiça, a ganância ou avareza.

 A riqueza como prova ou expiação associa-se aos talentos que Deus nos empresta para a prática do bem. Cairbar Schutel,( Parábolas e Ensinos de Jesus), diz que   Deus reparte dons igualmente. A uns dá dinheiro, a outros  sabedoria ou dons espirituais, e a alguns concede todas essas dádivas reunidas. De modo que um tem cinco talentos, outro dois, outro um.

Para concluir, aprendi que o Criador atende as criaturas através das criaturas. Não se tem notícias que Deus tenha vindo trazer uma cesta básica a uma família com fome, que orou pedindo. Mas um benfeitor pode ser inspirado a levá-la ao necessitado.

Então, é possível entender que Deus nos colocou no Mundo para que os mais fortes ajudem aos mais fracos, em vez que os esmagarem. E não esqueçamos que o forte de hoje, pode ser o fraco de amanhã e pelo dogma da reencarnação não escaparemos.

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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