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Terreno da prainha vai custar sete vezes mais caro

O terreno para construir a “Prainha de Maringá” terá custo elevado para os cofres públicos. A cidade está próxima de pagar R$ 6,3 milhões na área, o que equivale a quase 7 vezes mais que o mesmo terreno negociado há dois anos.
Desse modo, a propriedade de 193,6 mil metros quadrados está situada na Gleba Ribeirão Maringá, ao lado do antigo Thermas e foi declarada de utilidade pública pela Prefeitura de Maringá em 23 de Junho do ano passado.
O processo interno de compra do terreno, que tramita na prefeitura consta que o imóvel teve uma supervalorização nos últimos dois anos. A cópia de um registro de compra e venda, formalizado no 3º Tabelionato de Notas de Marialva, revela que 80% da área foi comprada pelo casal Arivaldo Rossi e Marli Maniuc Peres Rossi por R$ 733.333,31 em 28 de janeiro de 2021. O mesmo casal agora vende o terreno por R$ 5,4 milhões. Os outros 20% da área são de Laerson Gonçalves do Nascimento e Joana Aparecida B. do Nascimento, que receberão R$ 1,26 milhão.
Fundamentado nas informações oficiais, que integram o processo da própria prefeitura, o terreno que custava R$ 916.666,63 em 2021 agora vale R$ 6,3 milhões, ou seja, uma valorização de R$ 5,3 milhões em pouco mais de dois anos. Nos últimos 29 meses, o terreno da prainha valorizou R$ 215 mil por mês.
Assim, a avaliação que mostrou à Prefeitura, o valor que deveria ser pago por esse terreno foi realizado por uma empresa de engenharia de Cascavel, contratada pela gestão municipal por R$ 5.600,00.

O laudo foi assinado pelo engenheiro agrônomo Bruno José Tozzi e apresentado em outubro de 2022. O proprietário da área assinou em dezembro do ano passado um termo de concordância com o valor milionário e o pagamento do valor supervalorizado está para ser realizado pela prefeitura, porém, encara graves problemas internos.

Em 15 de janeiro deste ano, a Diretoria de Orçamento da cidade recomendou anular recursos de outras secretarias para pagar o terreno. Já em 13 de fevereiro, o secretário de Governo Hercules Maia Kotsifas aconselhou que o valor deveria ser retirado do superávit financeiro de Maringá. Contudo, em 5 de abril o Setor de Compras da Diretoria de Núcleos Jurídicos comunicou que não existia saldo em contas para efetuar o pagamento mencionado.

Maynara Guapo
Foto – Reprodução

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