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Cidade não apresenta surto e casos de acidentes com escorpião

Maringá não apresenta surtos e nem casos de acidentes com escorpião, porém, mesmo assim, em alguns bairros da Cidade eles são encontrados. Êric Nascimento é gestor comercial e mora no Jardim Alvorada, próximo ao Buracão. Ele explica que antes encontrava o animal peçonhento de três a quatro vezes na semana. “Estou dedetizando toda a minha casa no mínimo uma vez no mês, mas toda semana encontramos algum”, diz.

Ele comenta que já foi picado na mão. “A picada foi na mão e eu estava esfregando a bucha no braço. Quando passei pela mão senti a picada, como uso óculos e tenho que tirar para tomar banho, nem vi, e para ajudar a bucha era amarela, da mesma cor do maldito”, risos.

Nascimento levou o escorpião vivo para o Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) e demorou quase uma hora para ser atendido. “Estava com o escorpião dentro do potinho, um rapaz de bom coração me viu com dor e o escorpião na mão, aí chamou um médico que me atendeu rapidamente.”

Segundo o gerente de Zoonozes da Secretaria de Saúde, Eduardo Alcântara, a propagação de escorpião nas áreas urbanas é um fenômeno nacional. “Ocorre em decorrência da urbanização. O calor causa maior atividade do escorpião nesse período, o que não necessariamente está relacionado com a reprodução dele. O escorpião amarelo não precisa de parceiro para se reproduzir. Todos eles conseguem se reproduzir como se fossem um clone”, afirma.

Ainda de acordo com ele, o excesso de chuvas também pode favorecer o aparecimento. “O excesso de chuvas pode causar a inundação dos abrigos e ele vai buscar um outro local para se abrigar, que pode ser até dentro de casa. No calor excessivo e sem chuva, ele também vai procurar para sobreviver. É comum encontrar no banheiro, na lavandeira.”

Silvia Zorzanelo Bruschi, é agente de saúde e mora no Jardim Monte Rei. Ela alega que no mês passado encontrou 10 escorpiões na casa dela, todos na área externa. “Sempre antes de entrar dentro de casa, olho toda minha área externa. Final de semana antes de liberar as crianças para brincar de bola eu lavo e olho tudo. Não deixo eles descalços por nada. Nos sentimos refém desse bicho.”

Ela comenta que guarda seis escorpiões para mostrar para as crianças. “Guardo para eles verem as diferenças de tamanho.”

CUIDADOS E PREVENÇÃO

Os cuidados devem ser tomados ao longo de todo o ano. Conforme o gerente de Zoonozes da Secretaria de Saúde, Eduardo Alcântara, o primeiro passo é com cuidados ambientais. “Devemos evitar frestas nas paredes, nos pisos, manter os ralos fechados, soleiras nas portas ou saquinhos de areia para impedir a entrada de insetos, desencostar o sofá da parede, não deixar o lençol da cama encostar no chão. Tudo isso evita os acidentes e minimiza o risco.”

Além disso, a prefeitura atende todas as reclamações registradas na Ouvidoria municipal e os agentes inspecionam os imóveis, orientando em como adequar as residências para evitar a presença do escorpião. Além disso, existem inspeções mensais onde há maior circulação de pessoas, fazendo uma busca ativa.

Maynara Guapo
Foto – Reprodução

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