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A arte da transformação: desafiando nossas limitações

Você já sentiu como se estivesse preso/a ao seu modo de ser, a sua personalidade, como se fosse refém de si mesmo/a?

Algumas coisas nos incomodam; não gostaríamos de ser/fazer de uma determinada maneira. Mas parece que não conseguimos mudá-las.

Por exemplo, eu sou uma pessoa mais séria. Para me fazer rir, dá trabalho. Enquanto minha esposa Rute ri fácil, de qualquer meme que circula na internet, eu acho quase tudo sem graça e, mesmo quando gosto, é mais pela inteligência na criação do conteúdo do que pelo caráter cômico.

Isso é meu. Não é algo que me orgulha, mas é uma característica de personalidade. E o que é da gente parece difícil mudar.

Todos nós, em algum momento da vida, nos deparamos com características que gostaríamos de mudar. O desafio, no entanto, é entender que a mudança não apenas é possível, como também é essencial para nosso crescimento.

No caso da minha falta de sensibilidade ao humor, não chega a ser um problema; não me compromete, digamos. Mas, por exemplo, se sou sempre pessimista, reclamo de tudo… Se tenho o hábito de procrastinar, deixar as coisas para depois… Se não gosto de estudar, se sou desorganizado… Essas características são limitantes.

E são limitantes porque, por vezes, impedem o sucesso profissional, prejudicam os relacionamentos e comprometem o desenvolvimento pessoal. Por isso, mudar é necessário – ainda que seja difícil.

Entretanto, toda mudança passa, primeiro, pelo reconhecimento de que é preciso mudar. E, segundo, pelo desejo profundo de querer mudar.

Ninguém pode me mudar. Eu não posso mudar ninguém – nem meus filhos. Na infância, nos primeiros meses e anos de vida, é possível educar. E ao educar, moldar comportamentos, criar hábitos. Mas, com o tempo, até mesmo nossos filhos só mudam se reconhecerem que precisam e/ou que vale a pena mudar.

Em “O Jeito Harvard de Ser Feliz”, Shawn Achor nos oferece uma perspectiva interessante sobre a mudança. Ele diz: “Ser feliz não é acreditar que não precisamos mudar, é perceber que podemos.”

Gosto dessa afirmação. Primeiro, porque indica algo poderoso: a mudança faz bem. A ideia de que não precisamos mudar pode ser cômodo, confortável, mas não é a melhor escolha.

Quando a gente acha que está tudo bem, a gente se acomoda. E por mais que essa ideia seja confortável, ela é uma visão pobre a respeito de nós mesmos. Nós podemos mais do que acreditamos!

Muitas vezes, a gente se acomoda por achar que somos produtores estáticos de nosso ambiente, nossa genética e nossas circunstâncias. Mas, como afirma Shawn Achor: “A crença de que somos apenas nossos genes é um dos mitos mais perniciosos da cultura moderna.”

Ao nos vermos apenas como resultado de nossos genes – e até mesmo como resultados de um certo tipo de educação, sem a possibilidade de mudarmos – , nos privamos da oportunidade e do potencial de mudança.

Ao longo dos últimos anos, os estudos a respeito do comportamento e do cérebro humano confirmam que todos nós temos uma tendência inata para nos desenvolver, crescer – aperfeiçoando habilidades e abandonando hábitos nocivos.

E no jogo da vida, vive melhor quem é capaz de mudar.

Então, amigo/a, qual é o seu próximo passo? Você está pronto para desafiar suas próprias percepções e abraçar a capacidade de mudar?

Quero deixar algumas dicas para você:

Desafie suas crenças diariamente. Pergunte-se: “Esta crença me serve ou me limita?”

Busque aprendizado contínuo: O conhecimento é uma ferramenta poderosa para a mudança. Esteja sempre aprendendo.

Peça feedback: Às vezes, aqueles ao nosso redor vêem potenciais que não reconhecemos em nós mesmos.

Celebre pequenas vitórias: Cada pequena mudança é um passo em direção à sua evolução. Reconheça e celebre-as.

A capacidade de mudar está em você. Lembre-se, como Shawn Achor nos ensina, não somos definidos por limitações percebidas. Temos o poder e a capacidade de mudar.

Ronaldo Nezo
Comunicador Social
Especialista em Psicopedagogia
Mestre em Letras |  Doutor em Educação

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