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Minhas terras

Um fazendeiro poderia assim se referir a uma ou mais fazendas de sua propriedade, dizendo ‘minhas terras’, mas vamos começar falando da expressão, ‘minha terra natal’, que é usada para se referir ao lugar em que nascemos, ou reencarnamos, para sermos mais precisos.

      Refletindo, conclui que passei tão pouco tempo na minha terra natal, tendo morado em tantas outras cidades, das quais tenho tão boas  recordações, que  posso falar, não só de minha terra, mas das ‘minhas terras’.

      A palavra natal, juntada à terra de nascimento, nos remete ao 25 de dezembro,  data escolhida para simbolizar o nascimento do mais completo, em perfeições, ‘Ser Humano’, Espírito responsável pela criação do Planeta Terra, e que aqui encarnou para nos servir de modelo e guia.

 Jesus Cristo é tão importante que o calendário é dividindo em antes e depois de sua vinda, para  salvar a Terra, em processo está em andamento, passados mais de 2.000 anos.

      Não se trata da salvação individual, de cada Alma, mas a transformação do Planeta, que atualmente é de provas e expiações, o mais rápido possível, em de regeneração, nos preparando para mundos ditosos, até chegarmos aos mundos celestes.

      Voltando ao tema inicial, nasci na área rural de Alfredo Marcondes-SP e ali fiquei até completar 17 anos, sem nunca ter morado na cidade, vivendo sem energia elétrica,   telefone e televisão e somente nos últimos anos com geladeira e iluminação a gás. Mas tive tudo o que precisava, inclusive estudos até concluir o curso ginasial, que representava muito na época.

      Mudei-me, para Mandaguaçu-PR, deixando país e irmãos, e  morar com avós maternos e tios,  fazer o curso de  técnico em contabilidade, que era chamado de contador. Passados 04 anos, já tendo trabalhando em cartório, no IBGE, e escritórios, fui aprovado no concurso do Banco do Brasil ,  nomeado para Cascavel-PR, a minha terceira terra, lá permanecendo por menos de 02 anos.

      Transferido para Nova Esperança, a esperança de dias melhores surgiu, após um ano, quando consegui o primeiro cargo comissionado em Terra Rica, participando da instalação da agência (1976). Na rica terra,  minha quinta, permaneci por 03 anos, sendo promovido para Sinop- MT

 Sinop, minha sexta terra, era  distrito de Chapada dos Guimarães, a 499 km de estrada de terra de Cuiabá, sem telefone, sem recepção de sinal de televisão, com energia elétrica motor, das 06 às 24 horas. Falo de 1979/80 e do ‘fim do mundo’ para quem saiu do noroeste do Paraná, com  conforto, lembrando um pouco a minha terra natal. Lá permanecemos por 01 ano e vindo para Iporã- PR.

      A passagem por Iporã, minha sétima terra, foi rápida, e em menos de 04 meses fomos promovidos para Icó-CE, a  oitava terra, onde tivemos que nos adaptar a uma cultura bem diferente, quase precisando  aprender uma língua nova, onde jogar o lixo era ‘rebolar o lixo’, por exemplo , e muitos agricultores usavam ‘a tarefa’, como medida das áreas de plantio.

      Foi muito boa a nossa estada de 2 anos e meio, no Icó, onde pudemos sentir a hospitalidade do povo nordestino, e chegada a hora da partida, fomos para Caarapó-MS, uma região agrícola muito similar às  norte e noroeste do Paraná.

      De Caarapó, minha nona terra, fomos para Irituia PA, na primeira Gerência Geral no Banco do Brasil, onde permanecemos por  pouco mais de dois anos, com boas e não tão boas recordações, de qualquer forma uma experiência que guardamos na memória, naquela que considero a minha décima terra.

      De volta ao Paraná, fomos para São João do Ivaí, a décima primeira terra, onde permanecemos por mais de 05 anos, até a transferência para um paraíso, a cidade de Paraíso do Norte, a décima segunda terra.

      De lá chegamos a Maringá, nossa décima terceira terra, onde fincamos raízes na melhor cidade para se morar, dentre todas que conhecemos. Só falta ser banhada pelo mar.

      Minhas terras são 13 ao todo, e de todas guardamos boas recordações, sem esquecer a nossa querida Alfredo Marcondes-SP, doce terra natal.

Akino Maringá, colaborador

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