Início Destaques do Dia Obras da educação estão atrasadas e somam R$ 147 milhões

Obras da educação estão atrasadas e somam R$ 147 milhões

Treze obras da educação em Maringá, entre construções e reformas de escolas e CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil), estão com prazos atrasados, segundo informações da Prefeitura. Com investimentos que somam R$ 147 milhões, os projetos enfrentam entraves administrativos, contratuais e até judiciais, comprometendo o cronograma de entrega e impactando diretamente a infraestrutura da rede municipal de ensino.

Entre os casos mais críticos estão a construção da Escola Municipal Jardim Santa Alice, que deveria ter sido concluída em 18 de abril, mas permanece sem conclusão, e o Complexo Educacional no Jardim Espanha, com 71,51% de conclusão.

De acordo com o secretário de Obras Públicas, Arthur Nunes, a escola Santa Alice é um contrato antigo, firmado antes da pandemia, que sofreu com defasagens de preços e aditivos.

Já o Complexo Espanha envolve duas empresas, sendo que uma delas está em processo de recuperação judicial, o que atrasou ainda mais os serviços. Outro exemplo é a Escola Municipal Pioneiro Manoel Dias da Silva, que ainda não passou dos 45% de conclusão, sem previsão de entrega definida.

Algumas unidades estão em fase final de execução, como o CMEI Desembargador Severino Mozato (em reforma e ampliação), a Escola Benedita Natália e a construção do CMEI Jardim Irajá, mas apresentam atrasos.

Segundo Nunes, há uma diferença entre os percentuais divulgados nos sites oficiais e a real situação física das obras. “Isso ocorre porque, ao atingir 95% do valor contratual, é realizada uma retenção de 5% para que a empresa conclua trâmites administrativos, como apresentação de certidões de bombeiros, documentações trabalhistas e demais exigências legais”, comentou. Ou seja, esses trâmites, embora importantes, não necessariamente correspondem à execução física restante da obra.

Todas as obras em andamento necessitaram de aditivos contratuais, que juntos superam R$ 17 milhões. A maior parte desses aditivos, segundo o secretário, dizem respeito a reajustes contratuais decorrentes da inflação de insumos e mudanças econômicas desde a assinatura original dos contratos.

Ainda, de acordo com o secretário, a Prefeitura planeja organizar caravanas semanais para vistorias de obras. A iniciativa permitiria que cidadãos se inscrevam para acompanhar de perto o andamento das construções, com orientações técnicas sobre os projetos e a situação real de cada unidade. A administração afirma estar empenhada em finalizar os projetos e ampliar o diálogo com a comunidade.

Da Redação
Foto – Reprodução

COMPARTILHE: