A peça do genial teatrólogo brasileiro Nelson Rodrigues não fala exatamente de atentado ao pudor e nem abertamente de lascívia, mas a cena vista ontem em Maringá por várias pessoas, entre curiosas, admiradas e perplexas, há de ter sido, com certeza, condenada pela maioria. No que será que pensava aquela mulher? Estaria ela a desafiar o puritanismo que resiste aos sinais dos tempos ou simplesmente querendo mostrar suas formas, cobertas apenas por uma toca vermelha na cabeça e uma pulseira no punho esquerdo?
Seja como for, a foto viralizou na internet e a mulher foi brindada com vários apelidos previsíveis, como “Peladona”º “Perveretida” e “Baranga”. Então, vem a pergunta que nesse caso não quer calar: desfilar nu ou nua em locais públicos é crime de atendado ao pudor? Pode não ser mais, porém, é capitulado como crime de ato obsceno. Passível de cadeia? Não necessariamente, mas em outras épocas, era prisão na certa, porque o nudismo seria ofensivo ao pudor médio da sociedade.
Da Redação
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