A Secretaria de Saúde de Maringá divulgou ontem, 13, os resultados do segundo Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRA) de 2025, realizado entre os dias 5 e 9 de maio. O estudo revelou que 11 bairros do município apresentam índice de infestação superior a 3%, o que configura risco alto para a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Os bairros com maiores índices de infestação são Jardim Paraíso (3,6%), Céu Azul (3,6%), Jardim São Silvestre (3,58%), Portal das Torres (3,4%) e Império do Sol (3,4%). Já os menores índices foram registrados no Jardim Iguaçu (0,3%), Paris VI (0,4%), Ney Braga (0,4%), Zona Sul (0,9%) e Vila Esperança (1,4%).
O índice geral do município ficou em 2,3%, sendo classificado como risco médio pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A análise, realizada a cada quatro meses, aponta que 80% dos focos do mosquito estão dentro das residências, o que reforça a importância da participação da população nas ações de prevenção.
De acordo com o levantamento, o lixo descartado de forma inadequada é o principal criadouro do mosquito, representando 45,41% dos focos encontrados. Entre os resíduos mais comuns estão tampas de garrafa PET, copos descartáveis e embalagens plásticas.
Em seguida, aparecem os pequenos recipientes móveis, como pratos de vasos de plantas e reservatórios de água de geladeiras, com 30,69%. Os pneus respondem por 9,21% dos focos.
“É fundamental alertar os cidadãos sobre a importância do descarte correto do lixo e a verificação constante de recipientes que possam acumular água parada. Muitos pneus são jogados nas vias públicas e representam um grande risco”, alertou o secretário de Saúde, Antonio Carlos Nardi.
Outros criadouros identificados foram armazenamentos de água para consumo humano (7,63%) e depósitos fixos, como caixas d’água, baldes, calhas, piscinas, telhados e ralos (7,04%).
CASOS
Desde o início do atual período epidemiológico, Maringá já contabiliza 2.565 casos confirmados de dengue e quatro óbitos confirmados e outros em investigação. Apesar dos números, a Cidade apresentou uma redução significativa em comparação ao mesmo período do ano passado, quando registrou mais de 10 mil casos confirmados.
“A redução indica uma maior conscientização da população e a eficácia das nossas ações de prevenção. Mas o ciclo do mosquito é rápido, de apenas sete dias. Se a população não colaborar, a situação pode se agravar rapidamente”, enfatizou o secretário.
No Paraná, o último boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), também divulgado nesta terça-feira (13), registrou mais 4.165 novos casos e nove óbitos por dengue. O estado acumula agora 185.823 notificações, 57.581 casos confirmados e 52 mortes pela doença neste ano epidemiológico.
Das 399 cidades paranaenses, 396 já apresentaram notificações, e 360 têm casos confirmados. Os óbitos mais recentes ocorreram entre março e abril e incluem vítimas de diferentes faixas etárias, entre dois meses e 91 anos, sendo que quatro delas apresentavam comorbidades.
As regionais com os maiores números de casos confirmados são Londrina (13.733), Paranavaí (10.575), Maringá (7.431), Jacarezinho (4.040) e Umuarama (3.552).
Da Redação
Foto – PMM
