Início Destaques do Dia Maringá amplia em 16% sua área verde

Maringá amplia em 16% sua área verde

Entre 2019 e 2023, Maringá registrou um crescimento de 16% em sua área de vegetação nativa, conforme levantamento do MapBiomas, uma rede que reúne universidades, ONGs e empresas de tecnologia voltadas ao monitoramento ambiental. O dado coloca a Cidade entre os principais destaques do Paraná na regeneração da Mata Atlântica, ao lado de municípios como Ivatuba, Floresta, Doutor Camargo e Santo Inácio.

Esse avanço ambiental reflete um conjunto de ações coordenadas, com destaque para a atuação do Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), que tem sido um dos principais articuladores da recuperação ambiental em todo o Estado.

De acordo com Iasmin Portela, agente profissional do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) do IAT, o crescimento das áreas preservadas nos municípios é resultado direto do reforço na fiscalização ambiental, aliado ao uso intensivo de tecnologias como imagens de satélite e relatórios técnicos detalhados.

Entre 2021 e 2024, o número de Autos de Infração Ambiental (AIAs) por crimes contra a flora aumentou 65% no Paraná, passando de 3.183 para 5.252. No mesmo período, o valor das multas aplicadas cresceu 70%, saltando de R$ 78,7 milhões para R$ 134 milhões. Esses números indicam uma atuação mais rigorosa do poder público no combate a crimes ambientais, o que tem sido decisivo para frear o desmatamento e promover a regeneração da vegetação nativa.

Dos 399 municípios do Estado, 300 apresentaram ganho de área verde desde 2019, segundo levantamento da plataforma MapBiomas.O secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca, destacou o papel de cidades como Maringá no contexto ambiental do estado. “Por esses números, e por um conjunto de ações coordenadas pelo Governo do Estado, o Paraná é referência para o mundo em sustentabilidade. São indicadores excelentes, mas que não nos acomodam. Queremos e vamos avançar, buscar um Estado cada vez mais verde, saudável e sustentável”, afirmou.

Outro ponto de destaque no cenário ambiental do Paraná é a expressiva redução do desmatamento ilegal. Segundo dados do MapBiomas e da Fundação SOS Mata Atlântica, houve uma queda de 64% na supressão de vegetação apenas em 2024 e quando se observa o período entre 2021 e 2024, a redução foi ainda mais significativa: 95,2%, com a área desmatada caindo de 6.939 hectares para apenas 329 hectares. Esse avanço foi impulsionado por ferramentas tecnológicas de monitoramento, como alertas por satélite, e pela atuação integrada entre o IAT, o Ministério Público e os órgãos de segurança ambiental.

A participação da população também é fundamental nesse processo. A denúncia de crimes ambientais pode ser feita de forma anônima pelo Disque-Denúncia 181 ou diretamente na Ouvidoria do IAT e quanto mais detalhadas forem as informações, como, localização, tipo de vegetação e possível autoria, mais eficaz será a resposta das equipes de fiscalização.

A legislação ambiental brasileira é clara quanto às punições para quem comete desmatamento ilegal. A prática configura crime, conforme previsto na Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e no Decreto nº 6.514/08, podendo resultar em sanções administrativas e penais. Os valores arrecadados com as multas são destinados integralmente ao Fundo Estadual do Meio Ambiente, que financia projetos voltados ao controle, conservação e recuperação ambiental. 

Da Redação
Foto – Reprodução

COMPARTILHE: