No bilhete escrito com sangue na parede do quarto onde as vítimas foram encontradas mortas o criminoso tentou despistar a polícia, que demorou 40 dias para descobrir o autor do crime que abalou Jataizinho
Preso, Vitor Rodrigues havia confessado o duplo assassinato, em princípio atribuído a um inocente, mas a prova definitiva da autoria veio com um exame grafotécnico. Quando fugiu da casa após matarMarley Gomes de Almeida, de 53 anos e a neta dela, Ana Carolina , de 11, ele deixou um bilhete escrito com sangue na parede do quarto onde as vítimas foram encontradas mortas. A interpretação da Polícia Civil foi no sentido de que o verdadeiro assassino usou essa estratégia para incriminar um filho de Marley , que por horas foi apontado como suspeito.
Pouco depois divulgação do duplo assassinato, populares abordaram um homem que aparecia em imagens de uma câmera de segurança passando em frente à casa das vítimas, quase no mesmo horário do crime. Resultado: Reginaldo Aparecido, de 42 anos, foi brutalmente espancado e depois preso pela Polícia Militar de Jataizinho, no Norte pioneiro do Paraná. Só 40 dias depois, o verdadeiro criminoso foi preso e o homem inocente colocado em liberdade.
Vitor Rodrigues confessou que invadiu a residência e matou a avó e a neta para roubar. A prova definitiva, no entanto veio esta semana com a divulgação do exame de caligrafia do recado escrito com sangue na parede, com a data de 22 de março de 2025, quando o latrocínio aconteceu. O laudo pericial encerrou o inquérito e nesta segunda-feira quando o Ministério Público indiciou Vitor Rodrigues por latrocínio (roubo seguido de morte). Vitor, que tinha envolvimento com o tráfico de drogas, era vizinho das vítimas.
Da Redação
Foto – G1
