
Se você quer ser realmente feliz e produtivo, a ciência tem uma resposta clara: pare de dizer que está bem quando não está. A “felicidade automática” enfraquece os vínculos e indica a urgência de desenvolvermos inteligência emocional.
Você chega ao escritório, ao seu trabalho, seja uma padaria, um bar, uma loja — ou seja lá qual for o seu trabalho — e alguém te pergunta: “Tudo bem?”. Você se pega respondendo com um sorriso forçado e o rosto cansado, dizendo um breve “tudo bem”, encerrando a conversa quase imediatamente. Mas, se tivesse dito a verdade, a resposta seria bem diferente. Quando estamos passando por um momento difícil, o que mais precisamos é de apoio — mas temos um hábito que funciona quase como um reflexo automático. É como se fosse uma “senha social” para manter a interação, mas mantendo a conversa no nível mais superficial.
Isso acontece, por exemplo, quando um colega de trabalho com quem não temos muita intimidade pergunta como estamos, ou quando simplesmente não sabemos ou não queremos explicar como realmente nos sentimos. O problema é que, ao fazer isso, podemos acabar nos sentindo invisíveis ou desconectados. Especialmente se usamos essa resposta com pessoas que realmente se importam conosco. Para evitar essa desconexão, alguns especialistas em felicidade, sugerem algumas alternativas para responder a um “como você está?” quando está claro que você não está nada bem. O que dizer quando alguém pergunta “Como você está?” e você não está nada “bem”. Algumas respostas dos especialistas:
1. “Obrigado por perguntar. Neste momento, estou me sentindo…” Segundo os especialistas, essa resposta ajuda a praticar a introspecção e a identificar o que você realmente está sentindo.
2. “Um pouco estressado”. É simples, honesto e pode abrir espaço para uma conversa mais profunda. Essa resposta permite observar como a outra pessoa reage ao te ouvir e, se perceber que ela está receptiva, você pode se abrir um pouco mais. Quem sabe, talvez ela até se ofereça para ajudar com o que está te deixando estressado ou te dê algum conselho útil.
3.”Posso ser sincero? Estou passando por um momento difícil”. Essa frase sinaliza que a conversa vai fugir do roteiro social tradicional. Ao fazer essa pergunta, a outra pessoa já entende que não vem um “tudo bem” e, isso a prepara emocionalmente para acolher o que você está sentindo — o que aumenta a chance de uma resposta empática.
4. “A verdade é que estou com mil coisas na cabeça. Adoraria ter uma conversa de verdade, em que a gente pudesse trocar como estamos nos sentindo. Topa?” Com essa resposta, você não pressiona a outra pessoa a se envolver numa conversa mais profunda, mas abre espaço para que isso aconteça. E se acontecer, o vínculo entre vocês pode se fortalecer.
O efeito de fingir que está tudo bem na nossa produtividade. Diversos estudos já mostraram que agir de forma superficial — como quando respondemos “tudo bem” mesmo estando longe disso — não afeta apenas a saúde mental, mas também o desempenho no trabalho. Carregar emoções não expressadas pode nos fazer perder o foco, por exemplo.Manter a fachada de normalidade é mentalmente exaustivo e pode dificultar a concentração, atrapalhar a tomada de decisões, ou ainda a resolução de problemas.
A chamada “cultura do silêncio” pode levar diretamente à queda de produtividade. Há relatórios de empresas especializadas que apontam que apenas 26% dos trabalhadores acreditam que seus líderes promovem um ambiente onde é possível falar abertamente e expressar como realmente se sentem. Quando não temos um espaço seguro para nos comunicar, nossa saúde mental sofre — e isso, no contexto profissional, tem consequências claras.
A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL atua como um fator moderador quando conseguimos lidar melhor com nossas emoções. Por exemplo, quando falamos sobre elas, o risco diminui. E já que estamos falando disso, se quisermos melhorar as relações no ambiente de trabalho, talvez seja hora de abandonar o clássico “tudo bem?”. Porque, “quem pergunta não quer realmente saber, e quem responde não diz a verdade. O que vem depois disso é uma oportunidade perdida e uma troca sem sentido, sem conexão”.
Que tal pensar sobre algo que realmente abra espaço para uma conexão genuína? Isso é inteligência da emoção que produz felicidade e resultados.
Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!
- Gilclér Regina palestrante de sucesso, escritor com vários livros, CDs e DVDs que já venderam milhões de cópias e exemplares no Brasil, América, Ásia e Europa. Clientes como General Motors, Basf, Bayer, Banco do Brasil, Grupo Silvio Santos, entre outros… compram suas palestras. Experiências no Japão, Portugal, Estados Unidos, entre outros países… 5000 palestras realizadas no país e exterior. Atualmente no top 10 dos livros mais vendidos no ranking do Google.