
Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) aponta que Maringá possui a terra agrícola mais cara do Paraná. De acordo com o estudo, o custo médio do hectare no município é de R$ 185,4 mil.
O valor refere-se às chamadas terras de categoria A-I, que incluem propriedades planas, férteis e com boa drenagem, consideradas ideais para a atividade agrícola.
Segundo o engenheiro agrônomo Ednaldo Michellon, esse tipo de classificação representa o menor risco para quem deseja produzir no campo. “A tabela utiliza o padrão de classificação do solo e o padrão vai assim: terra A-I, A-II. Maringá na categoria A-I significa mínima chance de problema para a agricultura”, explica.
Outros municípios também registram preços elevados por hectare. Foz do Iguaçu aparece em segundo lugar, com valor médio de R$ 184,2 mil, seguido por Sarandi, Paiçandu, Floresta e Ivatuba, com R$ 181,8 mil por hectare.
Os terrenos agrícolas em na Cidade tiveram uma valorização de 5,52% nesse ano, e dados de uma consultoria que monitora o mercado de terras nos 17 estados mais relevantes para a produção agrícola e pecuária no Brasil apontam que, nos últimos cinco anos, os preços das áreas destinadas à agricultura subiram 113% em todo o país.
O valor médio do hectare passou de R$ 14.818,10 em julho de 2019 para R$ 31.609,87 no mesmo mês de 2024. A valorização das terras agrícolas ao redor de Maringá tem impactos diretos no mercado imobiliário urbano e, com terrenos mais caros na zona rural, o custo para novos loteamentos também aumenta, o que pressiona o preço final dos imóveis na Cidade.
A extensão territorial limitada do município agrava o cenário, já que a concorrência por espaço é maior.
“Nós temos poucos vazios urbanos, isso faz com que esses poucos vazios se valorizem mais. É a lei da oferta e da procura”, afirma o vice-presidente regional noroeste do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi), Marco Tadeu Barbosa.
Da Redação
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