Início Maringá Apaes realizam grande carreata contra ação no STF

Apaes realizam grande carreata contra ação no STF

A carreata contou com apoio de diversas entidades e serve como um apelo ao STF

Uma grande carreata promovida por instituições de apoio a pessoas com deficiência, em especial as Apaes (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais), ocorreu ontem, 18, como forma de protesto contra a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7796, atualmente em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

A mobilização reuniu instituições de pelo menos 30 cidades da região, com centenas de veículos circulando pelas principais vias da Cidade para dar visibilidade à causa.

A ação judicial foi movida pela Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down e questiona a legalidade de leis estaduais que autorizam o repasse de recursos públicos para escolas e instituições especializadas, como as Apaes e demais entidades que atendem pessoas com deficiência intelectual e múltipla.

Caso a ação seja aprovada pelo STF, esses repasses podem ser cortados, colocando em risco a continuidade dos atendimentos prestados por essas instituições em todo o país. No Paraná, por exemplo, mais de 47 mil alunos são atendidos por escolas especializadas e só em Maringá, a Apae atende mais de 1.200 pessoas, oferecendo suporte educacional, terapêutico e social a crianças, jovens e adultos com deficiência.

A diretora da Apae Maringá, Cacilda Veronesi Jaloto, destacou a gravidade da situação. “O Paraná hoje sofre uma sanção do STF que pode impedir que nossas escolas especializadas continuem prestando atendimento educacional. Essa demonstração de carinho e respeito da sociedade faz com que a gente queira lutar ainda mais pela manutenção desse trabalho”, afirmou.

Ela também reforçou o desejo das famílias de manter o direito de escolha: “A comunidade conhece o que realizamos todos os dias. Esperamos que essa carreata sensibilize os ministros do STF. Eles precisam entender que o povo quer a continuidade das nossas escolas.”

O secretário da Pessoa com Deficiência de Maringá, Marcos Aurélio da Silva, acompanhou a carreata ao lado da diretora da Apae, reforçando a importância de defender o direito à inclusão. A ADI 7796 ainda está em análise no STF, e o movimento espera que a mobilização popular influencie os votos dos ministros.

As instituições ressaltam que o possível corte de recursos impactaria diretamente a vida de milhares de famílias em todo o Brasil, muitas das quais dependem exclusivamente dessas escolas para garantir o desenvolvimento, a educação e o cuidado de seus filhos.

Da Redação
Foto – Reprodução

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