O Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM-UEM) reforça, neste mês de julho, o alerta à população sobre os riscos e a importância do diagnóstico precoce das hepatites virais. A mobilização faz parte da campanha Julho Amarelo, instituída por lei federal, que marca a luta contra uma das doenças silenciosas mais prevalentes no País. Entre 2020 e 2023, mais de 700 mil casos foram registrados no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde.
No HUM, referência regional no atendimento de média e alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS), os pacientes com suspeita ou diagnóstico de hepatite viral são acompanhados nos ambulatórios de Hepatologia e Infectologia, sempre após encaminhamento por uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
O coordenador do Ambulatório de Hepatologia, médico hepatologista Écio Alves do Nascimento, explica que são atendidos semanalmente de 15 a 20 pacientes, muitos deles em estágio avançado da doença, com casos de cirrose provocada principalmente pelas hepatites B e C.
A hepatite A, ainda comum no país, costuma ser autolimitada e menos grave. Já os tipos B e C, que preocupam pela cronicidade e potencial de complicações, são transmitidos por contato com sangue contaminado, por via sexual ou da mãe para o filho durante a gestação.
“Nosso objetivo é acompanhar esses pacientes de forma contínua, oferecer tratamento adequado e, principalmente, evitar a progressão para quadros mais graves”, afirma Nascimento.
Os atendimentos no Ambulatório de Hepatologia são realizados às quintas-feiras à tarde, com horário agendado. Já o Ambulatório de Infectologia funciona nas tardes de sexta-feira, também por agendamento.
TRATAMENTO
Além dos casos de hepatite viral, os ambulatórios do HUM recebem pacientes com outras doenças hepáticas, como, esteatose hepática, a chamada gordura no fígado, condição associada ao sedentarismo e à alimentação inadequada, que também pode evoluir para quadros graves se não tratada corretamente.
Um dos principais diferenciais do atendimento no HUM é o acesso 100% gratuito a exames e medicamentos, viabilizado pelo SUS. Os testes laboratoriais são realizados no próprio hospital, por meio do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (LEPAC).
Além do tratamento, o HUM também reforça a importância da vacinação contra a hepatite B, que continua sendo o método mais eficaz de prevenção e está disponível gratuitamente na rede pública. Para a hepatite C, ainda não existe vacina, o que torna o diagnóstico precoce ainda mais necessário.
Da Redação
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