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UEM e UEL lançam projeto sobre saúde pública com investimento de R$ 2,7 milhões

Um projeto desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), em parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL), promete transformar a maneira como os dados da saúde pública são compartilhados no Paraná. Lançado ontem, o NAPI Interoperabilidade a Serviço da Saúde marca o início de uma nova fase tecnológica no setor e posiciona Maringá como um dos polos da chamada “Saúde 5.0”.

A iniciativa recebeu investimento de R$ 2,7 milhões da Fundação Araucária e pretende, a partir de Maringá e Londrina, criar um modelo de integração digital entre serviços, sistemas e instituições da área da saúde.

Durante a pandemia de Covid-19, professores da UEM perceberam que a fragmentação dos sistemas de informação dificultava o atendimento eficiente à população. Com base nesse diagnóstico, nasceu o projeto que busca implementar a interoperabilidade, conceito que permite o compartilhamento seguro e estruturado de informações clínicas, demográficas, genômicas e epidemiológicas.

“As ações devem resultar na melhoria na qualidade do atendimento, uma vez que com sistemas interoperáveis os profissionais de saúde terão acesso a informações mais completas e mais atualizadas os pacientes, o que vai resultar em diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes”, comentou a professora e uma das articuladoras do NAPI, Maria Sammed.

A rede colaborativa criada envolve pesquisadores da UEM e da UEL, e prevê a concessão de 46 bolsas para estudantes, técnicos e pesquisadores de pós-graduação. O edital também abre espaço para a expansão do projeto a outras instituições de pesquisa.

Segundo Luiz Márcio Spinosa, diretor da Fundação Araucária, o projeto é uma resposta a uma demanda local de governança, e um passo importante para desenvolver soluções regionais aplicáveis a nível estadual. “É focado em como diferentes sistemas podem conversar entre si para melhorar a oferta dos serviços de saúde”, afirmou.

O secretário estadual da Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani, também ressaltou o potencial da iniciativa. “Este NAPI vai dar uma contribuição fantástica. Imagina a quantidade de informações que poderemos ter para alimentar sistemas de inteligência artificial e melhorar os diagnósticos em saúde pública.”

Estiveram presentes no evento o reitor da UEM, Leandro Vanalli; o prefeito de Maringá, Silvio Barros; o presidente do Codem, Mohamad Ali Awada Sobrinho; a professora da UEL e articuladora do NAPI, Daniela Frizon Alfieri; além de representantes da 15ª Regional de Saúde, da Sociedade Médica de Maringá, da ACIM, do Sebrae e da Unimed Maringá.

APROVAÇÃO

A UEM também irá coordenar um dos projetos aprovados na maior chamada dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), com investimento de R$ 10,7 milhões. O INCT DOHaD Brasil, liderado pelo professor Paulo Cezar de Freitas Mathias, vai estudar como fatores ambientais e sociais nas fases iniciais da vida influenciam o surgimento de doenças como diabetes, obesidade e hipertensão.

Com sede na UEM, o projeto envolve mais de 500 pesquisadores e instituições de todo o País e visa integrar centros de pesquisa e fortalecer o conhecimento voltado à saúde pública. Outros dois projetos da UEM também foram aprovados na chamada, totalizando R$ 40 milhões em recursos para a universidade.

Alexia Alves
Foto – Reprodução

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