
A ampliação da Câmara Municipal de Maringá entrou na fase mais acelerada desde o início das obras, em agosto de 2024. Com 39,53% do projeto executado até a última medição de julho, o avanço recente é o mais expressivo já registrado. No entanto, a obra não será entregue no prazo contratual, que se encerra nesta quinta-feira (24). A empresa responsável, RALT TECH Construções Ltda, solicitou um aditivo de prazo, e a entrega definitiva agora está prevista para 28 de novembro.
O projeto prevê a construção de novos gabinetes parlamentares, garagens e a instalação de um elevador, ampliando e modernizando a estrutura do Legislativo. A proposta é melhorar o atendimento à população e oferecer melhores condições de trabalho aos vereadores e servidores.
Nos últimos três meses, a execução da obra teve uma média de crescimento de 6,5% ao mês. Somente em junho, o avanço chegou a 7,92%, o maior desde o lançamento do projeto. “A obra avançou nos últimos três meses, melhorando o desempenho e os percentuais executados”, afirma Daisy Meira Santos, coordenadora da Divisão de Administração e Fiscal Administrativa da Câmara. Segundo ela, o bom desempenho é resultado de uma gestão técnica mais eficiente, planejamento detalhado e fiscalização constante.
PRORROGAÇÃO
Mesmo com os avanços, os atrasos no cronograma inicial exigiram uma análise estratégica da presidência da Câmara. De acordo com o setor administrativo, romper o contrato neste momento e abrir uma nova licitação significaria paralisar a obra por tempo indeterminado, com impactos negativos para o erário. Por isso, a prorrogação do contrato foi considerada a solução mais viável para garantir a conclusão do projeto ainda neste ano.
A empresa responsável foi multada em R$ 20.500 por descumprimento de cláusulas contratuais e teve abatimentos nos repasses referentes a serviços não executados. Em junho, foram descontados R$ 86.563,05, e em julho, R$ 15.502,73, valores relacionados à não realização de jornada estendida e trabalho em horário noturno. Esses abatimentos, segundo a Câmara, são ajustes técnicos previstos em contrato, e não penalidades adicionais.
Com nova medição prevista ainda para este mês, a expectativa da atual gestão é manter o ritmo de crescimento da obra e cumprir o novo prazo estabelecido.
Alexia Alves
Foto – CMM