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Furtos são registrados no Cemitério Municipal de Maringá

O cair da noite coloca o Cemitério Municipal de Maringá na mira de ladrões e nóias e a presença constante de suspeitos nas proximidades das capelas mortuárias deixa frequentadores de velórios e moradores do entorno apreensivos

Muitas famílias reclamam que os furtos de peças de bronze continuam ocorrendo sistematicamente no local, onde a segurança se resume a rondas esporádicas da Guarda Patrimonial e ações raras de policiamento ostensivo por parte da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar. Um funcionário público que trabalha no setor de sepultamentos disse que os furtos ocorrem com frequência e que mesmo a Guarda e a PM passando várias vezes de dia e de noite pelo entorno do cemitério é impossível segurar os ladrões.  “Eles furtam geralmente à noite e estão sempre em dois. Um entra pelo muro e o outro fica do lado de fora com o celular para informar o comparsa sobre eventual aproximação de viaturas policiais. Os ladrões levam tudo o que de valor encontram sobre os túmulos e nas lápides, como placas de bronze, argolas e até imagens sacras. “A gente sempre pede às famílias que evitem deixar objetos de valor nos jazigos”, disse um funcionário público que trabalha no setor de sepultamentos.

O que mais furtam nos túmulos são peças de bronze, mas às vezes nem  as fotos dos mortos que estão nas lápides escapam. “Tivemos que consertar o túmulo do meu pai e da minha mãe, porque o danificaram e levaram as fotos. Isso nos deixou abalados, porque afinal de contas, vilipendiar a memória dos enqueridos, mexe emocionalmente com a gente. Eu mesma fiquei com um sentimento de revolta e ao mesmo tempo de impotência”, disse Irani A. Brogin, que preferiu nem fazer Boletim de Ocorrência, porque segundo ela se queixar na Delegacia não ia adiantar nada, só aumentar o aborrecimento.

Autoridades policiais tentam identificar os ladrões, mas o funcionário público que conversou com a reportagem do JP e pediu pra não ser identificado disse que volta e meia a Polícia prende um ou outro ladrão de túmulo , mas enquanto não prender os receptadores, que compram os objetos furtados,  vai apenas enxugar gelo. Outro problema que revolta as famílias que, sem plano funerário, velam seus mortos na capela mortuária do município,   pública e gratuita, é a importunação de “nóias”, que representa ameaça a integridade física das pessoas que circula pelo local à noite. Na área onde funciona a capela do Prever, existe a segurança da empresa, que inibe a presença dos delinquentes.

CÂMERAS E MAIS ILUMINAÇÃO – O Secretário Municipal de Infraestrutura ,  Vagner Mússio, informou que a Prefeitura já começou a instalar câmeras de segurança no Cemitério Municipal de Maringá e deverá melhorar a iluminação em pontos estratégicos, considerados mais vulneráveis e susceptíveis à invasão por ladrões de túmulos. Além disso, informou que a segurança é papel da Guarda Patromonial, que deverá intensificar as rondas no entorno do Cemitério, que ocupa uma área de 10 alqueires (255 mil metros quadrados) na Zona Sul da cidade. São mais de 40 câmeras,  ainda em processo de instalação, devendo entrar em funcionamento brevemente. 

Da Redação
Foto – Reprodução

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