
“Nunca diga nunca” é uma expressão que significa que não se deve descartar algo como impossível, pois as situações podem mudar e coisas inesperadas podem acontecer. É um lembrete de que o futuro é incerto e que o que hoje parece improvável pode se tornar realidade amanhã. Pode ser usada para encorajar alguém a não desistir de seus objetivos, ou para evitar fazer afirmações definitivas sobre o que não pode acontecer. Serve como advertência para não subestimar o poder das circunstâncias e do tempo.
Ocorreu-nos trazê-la para reflexão, a partir de postagem que apareceu em rede social e que compartilhamos sem nos darmos conta de começava com uma afirmação polêmica, sem sentido:
‘Nunca estenda a mão a um homem sentado’. Relendo, depois de algum tempo, percebemos o absurdo, que seria você não cumprimentar pessoas que estivessem sentadas. Imagino que a intenção do autor da frase fosse outra, e talvez tenha faltado uma virgula, após homem, o que mudaria o sentido. ‘Ficaria assim: Nunca estenda a mão a um homem’, ( virgula) se você estiver sentado. Mas mesmo assim não faria sentido, pois há homens, grandes homens, que por circunstâncias alheias à sua vontade, não podem se levantar para estender a mão. Busquei explicações para a frase e encontrei o seguinte :
‘Historicamente, o aperto de mão é uma saudação cerimonial entre iguais. Se duas pessoas não são iguais para o propósito da interação, elas usam alguma outra forma de saudação. Por exemplo, não apertamos a mão do Rei. Talvez esse encontro exija alguma outra cerimônia de saudação, como uma reverência. Regras diferentes podem se aplicar se o Rei não for o seu rei. Ou se você também for um rei ou chefe de Estado.
Não se aperta a mão do seu garçom num restaurante. Pelo menos não enquanto ele for seu garçom. E um tenente não aperta a mão de um general se eles se encontrarem uniformizados. Isso requer uma saudação, se exigir qualquer tipo de cerimônia. E um aperto de mão também só acontece entre duas pessoas que estão literalmente no mesmo nível. Portanto, alguém em pé no chão normalmente não apertaria a mão de alguém a cavalo. Nem quando uma pessoa está sentada e a outra em pé.
Existem também outras “regras” de aperto de mão, como a necessidade de tirar as luvas, se você as estiver usando, para apertar as mãos. Claro que há exceções. Uma pessoa em cadeira de rodas pode apertar a mão de alguém que esteja de pé. A pessoa em cadeira de rodas, considera-se que esteja de pé e é tratada como qualquer outra pessoa em pé.
Então, nunca podemos dizer nunca? Não é bem assim. Nunca é muito tempo. Na política, por exemplo, conhecemos quem disse que nunca mais votaria em determinado partido e candidato, e quatro anos depois votou, dizendo que nunca deveria ter votado no outro, que entende, nunca mais deva ser eleito novamente.
Na religião, consta que o Mestre de Nazaré disse , em outros termos: ‘Atire a primeira pedra quem nunca cometeu pecado, frase que nos faz lembrar que nunca podemos condenar o próximo por algo que nós mesmos já fizemos e que naquele momento achamos equivocado.
Quem na vida nunca enfrentou dificuldades? Talvez alguém muito jovem, que ainda muito pouco viveu e que goze de uma boa estrutura familiar e escolar, possa dizer que nunca enfrentou uma situação difícil.
Com o passar do tempo, porém, à medida que a vida avança, são cada vez mais comuns as situações adversas. Inúmeros são as provações: a perda de um ente querido, a separação da família, a perda de um emprego que garante o sustento, os insucessos econômicos, ‘tarifaços’, imperialismo.
Mas nunca estamos sós, nos diz a Doutrina Espírita. Um Espírito protetor ( anjo da guarda) está sempre presente, silenciosamente, à espera de ser ouvido. Ele nos fala à mente e o podemos ouvir na forma de intuição ou de boas ideias. Tornamo-nos receptivos a elas por meio do recolhimento, do silêncio, da oração, da meditação, ou dos sonhos durante um sono calmo.
Acredita? Não ?Nunca diga nunca.
Akino Maringá, colaborador
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