A Justiça bloqueou R$ 2,2 milhões do Hospital Psiquiátrico de Maringá (HPM) após ação da Prefeitura que cobra a devolução de recursos federais repassados durante a pandemia da Covid-19. Segundo a administração municipal, a prestação de contas do hospital foi considerada irregular, sem comprovação adequada de como os valores, que na época somavam cerca de R$ 1,8 milhão, foram utilizados. A decisão, assinada pelo juiz Marcio Ferroni, também determinou o bloqueio de imóveis ligados à instituição, que está interditada desde 2022.
De acordo com a Prefeitura, a medida judicial foi tomada a partir de recomendação do Ministério Público, depois de esgotadas todas as tentativas de ressarcimento administrativo. A gestão municipal sustenta que não houve transparência na aplicação da verba, repassada para reforçar o atendimento durante o período mais crítico da pandemia.
A direção do hospital, por outro lado, nega irregularidades. O vice-presidente da instituição, Maurício Parisotto, afirmou que o HPM ainda não foi intimado oficialmente, mas disse que todos os valores foram aplicados em ações emergenciais contra a Covid-19.
Segundo ele, 88,5% dos recursos destinados ao HPM foram aplicados diretamente na folha de pagamento de profissionais que atuaram no enfrentamento à pandemia de COVID-19, mas nenhuma das despesas com pessoal foi aceita pela administração municipal da época.
Da Redação
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