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Projeto do Contorno Sul terá 11 viadutos

Obras do Contorno Sul de Maringa sao 11,8 km de extensão entre as PR-317 e a BR-376. Recuperacao emergencial do pavimento. - 04/08/2020 - Foto: Geraldo Bubniak/AEN

O projeto de duplicação da Avenida Sincler Sambatti, apresentado pela Prefeitura de Maringá na noite da última quinta-feira, 28, foi alvo de críticas de moradores e comerciantes. A principal preocupação é a falta de acessos adequados aos bairros da região, o que pode prejudicar a mobilidade e a economia local.

A reunião, organizada pelo Fórum de Mobilidade Urbana de Maringá, Conselho de Leigos e Leigas e Observatório das Metrópoles, com apoio do mandato da vereadora Ana Lúcia, reuniu cerca de 80 pessoas no Conjunto Cidade Alta.

Segundo o projeto, estão previstos 11 viadutos, três trincheiras, uma ponte, quatro passagens inferiores para veículos leves, seis segmentos de vias marginais, 10.6 quilômetros entre vias marginais, acessos e ramos, além de 12 quilômetros de ciclovia, com investimento de R$ 400 milhões e execução em etapas e também inclui a duplicação do Contorno Sul.

Apesar da grandiosidade, moradores afirmam que o desenho atual compromete os acessos entre bairros. “Queremos melhorias, mas precisamos de uma obra que respeite a mobilidade da população de Maringá”, disse Renata Gomes, presidente da Associação de Moradores do Sanenge III.

O setor comercial também manifestou preocupação. O gerente de um posto de combustíveis, no Conjunto Cidade Alta, teme queda nas vendas e até demissões se não houver retornos próximos. “Sem acesso, as vendas caem e, numa dessas, 50 funcionários podem ficar desempregados”, afirmou.

Os organizadores cobraram mais diálogo da Prefeitura antes da execução do projeto. Para eles, a participação popular é essencial para garantir que a obra atenda às necessidades da Cidade.

Para a vereadora Ana Lúcia, mais de 60 mil pessoas serão diretamente impactadas pelas obras previstas na região, e a recente reunião com a comunidade foi uma oportunidade fundamental para que esses moradores pudessem expressar suas necessidades e opinar sobre o tipo de intervenção que desejam no local.

As demandas apresentadas serão organizadas pelo Fórum de Mobilidade, por meio de reuniões setoriais nos bairros. Em seguida, serão consolidadas em um relatório técnico elaborado pelo Observatório das Metrópoles, em parceria com o próprio Fórum e o Conselho de Leigos.

Esse relatório será entregue à Prefeitura de Maringá, que, até o momento, se comprometeu apenas a receber o documento, sem garantia de que o projeto atual será alterado com base nas sugestões da comunidade.

Alexia Alves
Foto – Reprodução

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