
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) iniciou a implantação de seu Parque Tecnológico, iniciativa que promete transformar a instituição em um dos principais polos de inovação científica e tecnológica do estado. O projeto prevê a criação de um ambiente de alta complexidade voltado a empresas de base tecnológica, centros de pesquisa e startups, com foco em soluções inovadoras fundamentadas em descobertas científicas e avanços de engenharia — as chamadas deep techs.
Com apoio institucional da Reitoria, dos centros de ensino e dos conselhos superiores da universidade, o parque está sendo estruturado como um hub de inovação, integrando academia, setor produtivo e sociedade.
“O Parque vai beneficiar toda a comunidade, incluindo outras instituições. É um projeto que eleva a pesquisa e a extensão a outro patamar e abre novas oportunidades para estudantes e pesquisadores”, afirma o reitor Leandro Vanalli.
PROJETO
O plano-base foi elaborado em 2023 e inscrito no Sistema Estadual de Ambientes Promotores de Inovação (Separtec) no mesmo ano. Em 2024, a universidade deu início à fase de implementação, com a criação do Hub de Inovação Fronteira, instalado provisoriamente no bloco A01 do câmpus-sede.
“Estamos estruturando os processos para o funcionamento do Parque Tecnológico. Já apoiamos empresas em fase inicial com treinamento e suporte estratégico, mesmo com restrições de espaço”, explica o professor Marcelo Farid, coordenador do hub e docente do Departamento de Economia e do Mestrado Profissional em Inovação (Profnit).
O projeto já foi aprovado pelas instâncias administrativas da UEM e agora avança na captação de recursos para a construção da estrutura definitiva.
Durante o planejamento, a universidade promoveu reuniões com os diretores dos sete centros de ensino e aplicou um formulário on-line para mapear projetos, demandas e iniciativas com potencial inovador. A ação revelou uma demanda reprimida significativa dentro da instituição.
“As respostas confirmam que há muitos projetos com potencial para se transformar em soluções reais, mas faltam estrutura e mecanismos de conexão com o mercado”, afirma Farid.
O diagnóstico será uma das bases para definir os eixos de atuação do parque e os perfis de empresas que poderão integrar o novo ambiente de inovação. A escolha não será feita apenas com base nas respostas, mas também em critérios técnicos.
PROPOSTA
A proposta da UEM é que o parque atue em sinergia com outras instituições, como a Universidade Estadual de Londrina (UEL), que também desenvolve um projeto semelhante. A estimativa é que o Parque Tecnológico da UEM tenha influência sobre uma região com mais de 1,5 milhão de habitantes, fortalecendo a inovação como eixo de desenvolvimento regional.
“Será uma estrutura que aproxima a universidade do setor produtivo e da sociedade, gerando empregos qualificados, atraindo investimentos e ampliando o impacto social da pesquisa”, destaca Farid.
Com o projeto aprovado e o hub em operação piloto, a UEM agora busca viabilizar recursos para a construção do parque. A previsão é que o novo espaço concentre empresas de base tecnológica, núcleos de inovação e projetos interdisciplinares, criando um ambiente fértil para o surgimento de soluções em áreas estratégicas.
“É uma construção coletiva, que só está sendo possível graças ao apoio da Reitoria, dos centros de ensino, pró-reitorias, conselhos superiores e da sociedade. O Parque Tecnológico é uma necessidade para ampliar o alcance da ciência produzida na UEM”, conclui o coordenador. 
Da Redação
Foto – UEM
            