O crime do garoto que teria sido morto em ritual de magia negra em Guaratuba ocorreu em 1992, a sentença condenatória dos envolvidos foi dada um ano depois em primeira instância e confirmada em outros quatro julgamentos , sendo que o último, considerado o mais longo da história do país, durou 34 dias. Em 2023 o Tribunal de Justiça do Paraná, reconhecendo que as confissões dos réus teriam sido obtidas pela Polícia Militar sob tortura anulou o processo, inocentando os réus, inclusive Celina Abagge, então primeira dama de Guaratuba e a filha dela , Beatriz Abagge, acusadas de comandar o ritual de magia negra usado para assassinar o garoto Evandro , então com 6 anos de idade. Evandro desapareceu quando voltava da escola em Guaratuba, onde residia com os pais, e o corpo dele foi encontrado todo mutilado semanas depois.
O recurso do Ministério Público do Paraná contra a absolvição dos réus foi julgado nesta terça-feira pela 6ª. Turma do STJ, restabelecendo a liberdade de Beatriz Abagge (Celina já havia falecido) , Davi dos Santos Soares, Osvaldo Marcineiro e Vicente de Paula Ferreira. Os ministros do Superior Tribunal de Justiça consideraram também como válidas, fitas cassetes descobertas pelo jornalista Ivan Mizanzuk, do Podcast Projeto Humanos, com áudios das sessões de torturas a que teriam sido submetidas mãe e filha para confessar o crime.
Da Redação
Foto – Reprodução
