
Li uma postagem, após o julgamento do ex-presidente , motivadora das reflexões desta semana, que resumimos numa frase: ‘O objetivo é silenciar ‘deslegitimar’ sua mensagem de ‘Deus, Pátria e Família’(…)
As três palavras, segundo li em UOL, formam o slogan do movimento fascista, Ação Integralista Brasileira (AIB), criado na década de 1930. A palavra “Deus” indica a influência religiosa cristã dos integralistas, estando a figura divina em primeiro lugar e ocupando o topo da estrutura hierárquica social, como era entendido por eles.
Pátria era definida como “nosso lar”. A pretensão era apresentar uma unidade da população brasileira dentro do território, principalmente como uma contraposição à divisão da sociedade em classes.
Por fim, temos a família como a menor unidade de organização social dentro da proposta integralista. Seria a garantia da manutenção da tradição, veiculada por meio dessa forma de organização social. O integralismo foi um partido e movimento político, influenciado pelos ideais e práticas fascistas, desenvolvidas na Europa. Um movimento de extrema-direita.
Feita esta introdução, apenas para conhecimento da história, certamente desconhecida por muitos, reflitamos sobre o sentido das palavras, isoladamente, e a influência em nossas existências.
Deus não é um velhinho de barbas branca, que eu via quando criança, em um quadro na parede da sala da casa de meus avós paternos, que comandaria tudo, e poderia ficar ‘mal humorado’ e virar as costas se falássemos palavrões e expressões que o desagradasse, como ‘desgraçado’, como dizia nossa mãe, para nos educar, quando éramos criança.
Aprendemos com a filosofia espírita, que Deus é a Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas. Eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom. Atributos que revelam a perfeição e a sabedoria das leis que regem o Universo. ELE não pode ser entendido como um ser com características humanas. Deus é o Criador de tudo o que existe, sendo a causa de todos os fenômenos do Universo.
Eterno, porque sempre existiu e sempre existirá, não tendo tido um início ou tendo um fim, pois isso o tornaria uma criação de outro ser. Imutável, pois não se modifica. Se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o Universo não teriam estabilidade. Imaterial, pois sua natureza é diferente da matéria, não tendo um corpo físico. Se fosse material, estaria sujeito às transformações da matéria, o que contradiz sua imutabilidade. Único, porque só existe um Deus. Se houvesse múltiplos deuses, não haveria unidade de pensamento ou poder na organização do Universo. Onipotente: possui o poder supremo e absoluto sobre toda a criação. Soberanamente Justo e Bom: A sabedoria das leis divinas, que se manifestam nas leis do Universo, demonstra a justiça e a bondade DELE, que governa tudo de forma perfeita.
Entender Deus e o Universo não é tarefa fácil. Como compreender, comparando materialmente, um ‘Ser ‘Incriado’, ou seja, que não foi criado por nada, nem ninguém, sendo a origem primeira de toda a existência, existindo eternamente antes e fora de qualquer criação? ‘Só por Deus’!
E uma ‘área’, que não tem começo nem fim, sem divisas? ‘Não há um “limite” físico para o Universo, mas é observável. Uma esfera, segundo a ciência, de 46,5 bilhões de anos-luz de raio (cerca de 93 bilhões de anos-luz de diâmetro) a partir da Terra, que marca a distância máxima que podemos ver, devido à sua idade e expansão. Qualquer coisa para além desta distância está simplesmente muito longe para que a sua luz tenha tido tempo de chegar até nós, não por existir uma “borda” no cosmos. ( fonte )
Com pouco espaço para maiores reflexões sobre pátria e família, diante da grandeza de Deus, resta a que: a Terra é a nossa Pátria, no Universo, e todos , os humanos, formamos uma só família. Não há diferenças entre americanos, brasileiros, russos, ucranianos e…
Amemo-nos uns aos outros, sem ‘sobretaxas’.
Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução
