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Maringá tem superávit de R$ 334,6 milhões

A Cidade recebeu R$ 26 milhões em setembro e receberá R$ 548 milhões em 2026

A municipalidade encerrou o segundo quadrimestre de 2025 com um superávit orçamentário de R$ 334,6 milhões, segundo prestação de contas apresentada pela Secretaria de Fazenda no plenário da Câmara. O relatório detalhou que a receita arrecadada no período foi de R$ 2,27 bilhões, enquanto as despesas empenhadas somaram R$ 1,93 bilhão.

O município trabalha, atualmente, com um orçamento anual previsto e atualizado de R$ 3,16 bilhões para o ano. Até o final de agosto, Maringá já havia arrecadado 71,8% do total previsto para 2025.

Um dos destaques do relatório foi a arrecadação própria com impostos, taxas e contribuições, que atingiu R$ 809,85 milhões, o que corresponde a 71,25% da previsão anual. Os principais tributos nessa receita foram IPTU (R$ 261,96 milhões), ISS (R$ 334,01 milhões), ITBI (R$ 79,38 milhões) e IRRF (R$ 78,13 milhões).

Quanto às transferências correntes do Governo do Estado do Paraná, o município recebeu R$ 331,4 milhões, o equivalente a 73,81% do montante previsto para o período. O IPVA destacou-se com arrecadação de R$ 146,7 milhões (89,43% do esperado), seguido pelo ICMS com R$ 143 milhões (60,61%) e recursos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), que totalizaram cerca de R$ 35 milhões, representando 84,05% da previsão.

Maringá ocupa atualmente a sétima posição no Índice de Participação dos Municípios do Estado (IPM) referente ao ICMS, ficando atrás de Curitiba, Araucária, São José dos Pinhais, Ponta Grossa, Londrina e Cascavel.

No âmbito das transferências federais, Maringá já recebeu 71,85% da previsão para o SUS, totalizando R$ 257,5 milhões; 64,02% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), equivalente a R$ 91,9 milhões; e 54,42% das demais transferências federais, somando R$ 24,2 milhões.

“Cabe destacar que, a partir do próximo ano, teremos reduções no repasse do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), em função do projeto que isenta do pagamento os trabalhadores que recebem salário de até R$ 5 mil, e que poderá ser aprovado em breve no Congresso. Outro impacto é o repasse do Estado relativo à arrecadação do IPVA, que foi reduzida pelo governo do Paraná”, adiantou o secretário de Fazenda, Carlos Augusto Ferreira.

Sobre as despesas empenhadas, Maringá registrou R$ 1,93 bilhão, correspondendo a 66,04% da despesa anual fixada para 2025. Desse total, R$ 822,46 milhões foram destinados a pessoal e encargos sociais, R$ 26,96 milhões a juros e encargos da dívida, e R$ 838,23 milhões a outras despesas correntes.

O município também realizou repasses considerados interferências financeiras, que são transferências para órgãos e entidades da administração indireta ou vinculadas, totalizando R$ 195,39 milhões até agosto.

Os principais valores foram destinados à Maringá Previdência (R$ 146,97 milhões), à Câmara Municipal (R$ 39,05 milhões), à Agência Maringaense de Regulação (R$ 758 mil), ao Instituto Ambiental de Maringá (R$ 5,9 milhões) e ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maringá (Ipplam) (R$ 2,72 milhões).

IPVA

Sobre o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), Maringá já projeta uma perda de R$ 101 milhões em arrecadação devido à redução da alíquota do tributo no Estado. A lei que estabelece a queda de 45% no valor foi sancionada nesta semana pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior. A partir de 2026, a alíquota passará de 3,5% para 1,9% do valor venal dos automóveis.

A redução no repasse do IPVA já está contabilizada na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, conforme explicou o secretário de Fazenda, Carlos Augusto Ferreira, reforçando a necessidade de ajustes financeiros para o próximo exercício.

Alexia Alves
Foto – Reprodução

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