
O homem, que seis anos antes havia matado um estudante num pensionato em Maringá, reagiu à voz de prisão e foi baleado pelo soldado que tentou esfaquear
Osvaldo dos Santos Pereira Júnior ficou três anos em uma clínica de recuperação por problemas mentais e no último dia 19 de agosto começou a assediar mulheres que chegavam à clínica do Sesi, onde ele tinha ido fazer exame admissional. Um homem que tentou repreendê-lo em frente à clínica, foi ameaçado e precisou correr para não ser esfaqueado. Uma psicóloga conseguiu levar Osvaldo para dentro do seu consultório e conversava com ele quando policiais militares chegaram, após serem acionados por funcionários e pacientes. Ocorre que Osvaldo reagiu à presença dos PMs e ao investir contra um deles foi atingido por um tiro de pistola.
Desde a manhã de 19 de agosto Osvaldo se encontrava em estado grave na UTI da Santa Casa de Maringá , onde faleceu nesta segunda-feira, após 40 dias de internação. No dia da confusão por ele armada, Osvaldo estava alterado, com falas desconexas e com sinais de uso de droga. Encontrava-se em liberdade desde 2022, três anos depois de ter invadido o interior de uma república de estudantes na Zona 7. Ele morava nos fundos do imóvel e em uma noite de agosto atacou os moradores da república, chegando a ferir com uma faca dois jovens que estavam em um quarto e conseguiram escapar.
A mesma sorte não teve Orivaldo José da Silva Filho, de 22 anos , que saiu correndo e na calçada da rua tropeçou e caiu. Osvaldo estava atrás e matou o estudante com vários golpes de faca. Foi preso pouco depois pela Polícia Militar, que encontrou no celular dele mensagens que falavam de terrorismo religioso, alienígenas e extraterrestres. Julgado em 2021, Osvaldo foi considerado portador de doença mental e sem condições de entender a gravidade dos seus atos. Por isso, não foi condenado a ir para uma penitenciária e sim para um hospital de custódia , onde ficou por três anos.
Da Redação
Foto – GMC