A Câmara de Maringá aprovou ontem, em segunda discussão, o projeto do Executivo que altera o cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para o próximo ano. A principal mudança proposta é a redução do desconto sobre o valor do imóvel na planta genérica, base de cálculo do imposto, de 40% para 25%.
Com essa redução no desconto e o reajuste de 5,3% para reposição da inflação, a expectativa é que o IPTU de 2026 sofra um aumento de 30,3% em comparação com o valor cobrado em 2025.
A Prefeitura justifica a alteração como uma medida necessária para recompor a receita do município, que sofrerá um impacto negativo devido à redução do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), medida adotada pelo Governo do Estado. Isso ocorre porque 50% do valor arrecadado pelo IPVA é repassado aos municípios e, com a mudança, Maringá perderá aproximadamente R$ 101 milhões na sua receita no ano que vem.
Diante dessa perda, a administração municipal argumenta que a atualização do IPTU é fundamental para manter o equilíbrio fiscal da Cidade e garantir a continuidade dos investimentos em áreas prioritárias, como saúde, educação, infraestrutura e assistência social.
A sessão de votação também foi marcada por grande tensão no plenário, com a presença de manifestantes contrários ao aumento do imposto, com cartazes de protesto. O auditório do Legislativo ficou lotado, e muitos cidadãos não conseguiram entrar para acompanhar a votação. Durante o encontro, seguranças estiveram presentes nas portas e nas proximidades da Câmara.
Da Redação
Foto – Tania Tait
