
O homem era suspeito de usar a Inteligência Artificial para a produção de conteúdos sexuais, que distribuía em igrejas e na Universidade Estadual de Maringá
Segundo a Polícia Civil pelo menos 10 mulheres, frequentadoras de igrejas evangélicas em Nova Esperança , foram vítimas do suspeito. Ele já tinha sido denunciado em 2024 pelo mesmo crime, envolvendo servidoras da Prefeitura, onde trabalhava. Mas o processo que corria contra o suspeito acabou sendo arquivado. Porém, o homem, de 34 anos, que não teve sua identidade revelada, voltou a atacar, dessa vez em igrejas evangélicas. As vítimas disseram na Delegacia de Polícia de Nova Esperança, que estavam recebendo “presentes” eróticos” do suspeito, que fazia montagens de conteúdo sexuais com os rostos delas. Os tais “presentes” enviados às mulheres eram fantasias e livros eróticos.
O homem foi encontrado na casa dele no último final de semana e levado para a delegacia, onde foi interrogado, mas preferiu ficar em silêncio.
“Esse ano ele passou a frequentar uma igreja evangélica da cidade e desde então, algumas mulheres da mesma igreja procuraram a delegacia dizendo que estavam recebendo ‘presentes’ , algumas pelas caixas postais de suas casas, em forma de pen drives, com montagens de seus rostos em fotos e vídeos de conteúdo pornográfico.
De acordo com o delegado Diogo Troncha, os conteúdos foram distribuídos no banheiro de uma igreja de Nova Esperança e também em banheiros masculinos da Universidade Estadual de Maringá, onde uma das vítimas estudam. O delegado Diogo informou que o homem já havia sido alvo de mandados de busca e apreensão no ano passado, quando foi denunciado por funcionária da Prefeitura de Nova Esperança, onde trabalhava e de onde foi exonerado assim que o caso veio à tona.
“Ele causou um constrangimento muito grande e um temor psicológico a essas vítimas, que estavam com dificuldade inclusive de frequentar os locais normais em que elas costumam ir, como a igreja”, disse o delegado Troncha. As mensagens que ele mandava via WhatsApp para as mulheres continham teor erótico e ameaças de morte.
Da Redação
Foto – G1