
O Município já ultrapassou a marca de R$ 8,9 bilhões pagos em impostos apenas em 2025, segundo dados do Impostômetro Maringá, ferramenta criada por empresários locais com base em fontes oficiais como IBGE, Tesouro Nacional, Secretaria da Fazenda do Paraná e o Impostômetro Nacional. Segundo o levantamento, apenas 18,76% desse total volta para os cofres municipais, o equivalente a R$ 1,7 bilhão. Já os outros 81,24%, cerca de R$ 7,2 bilhões, seguem para os governos estadual e federal.
Além dos dados gerais, a plataforma também permite visualizar o impacto direto no bolso do cidadão. Em média, cada maringaense já desembolsou R$ 20,6 mil em tributos neste ano, o que equivale a 151 dias de trabalho apenas para pagar impostos, sendo R$ 73,58 pagos por dia em impostos. Isso representa praticamente cinco meses do ano trabalhando exclusivamente para o Fisco.
Com os recursos que não retornam ao município, seria possível, segundo os cálculos do painel, construir até 3.611 escolas, 722 hospitais completos ou 32 mil casas populares.
De acordo com os idealizadores do projeto, a intenção é tornar mais visível o peso da carga tributária e as distorções do sistema de arrecadação e redistribuição no país.
O empresário Roberto Francischini, um dos articuladores da iniciativa, afirma que o projeto busca chamar atenção para o modelo concentrador do pacto federativo brasileiro. “O dinheiro arrecadado em Maringá vai para os governos Federal e Estadual e é usado para manter a máquina pública e subsidiar municípios economicamente inviáveis. Apenas uma pequena parcela retorna ao município”.
Alexia Alves
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