
Fé é a crença incondicional em algo, mesmo na ausência de provas concretas, e também a confiança em alguma coisa ou alguém. Na religião, a fé é descrita como uma crença mais profunda, um ato de confiança e obediência, como a que consta na Bíblia , onde se tem certeza do que se espera e convicção de fatos que não se veem.
Um amigo que, imagino, do ponto de vista religioso tenha a fé menor que um grão de mostarda, o que segundo Jesus disse aos discípulos, quando esteve encarnado, seria a média da fé de todos nós, postou, sobre a fé em Nossa Senhora Aparecida, relatando:
‘Sou ateu, portanto não tenho religião, embora respeite todas. Nasci, fui batizado, crismado e consagrado na Igreja Católica. Conheci algumas igrejas evangélicas, as sérias, é óbvio. Também visitei alguns terreiros de matriz africana. E não fui convencido por nenhuma. Mas se tem uma coisa que eu admiro no ser humano é a FÉ. Seja ele de que religião for.
Morando aqui perto de Aparecida, vejo o quão forte é esta fé. Estive lá e vi “in loco” a energia que o local exala. Amanhã, Dia da Padroeira, a região aqui vira uma loucura. É romeiro chegando de todos os lados no Santuário. De carros, motos, bicicletas e principalmente a pé. Parecem que brotam do chão.
Em comum, a fé pela santa. Buscam alguma graça, ou pagam alguma que segundo eles, já receberam. E vendo a movimentação do comércio turístico e na cidade, eu chego à conclusão de que de a fé pode não “mover montanhas”, mas com certeza, ela move milhares de pessoas e milhões de reais’.
Outro amigo, este católico, que acredito seja devoto da Padroeira, também postou o seguinte:
Em 1868, a Princesa Isabel enfrentava um dos maiores desafios de sua vida: a dificuldade em engravidar. Movida pela fé, realizou uma peregrinação à Basílica de Aparecida e, diante da imagem de Nossa Senhora, fez uma promessa. Suplicou pela graça da maternidade e prometeu oferecer um manto à santa caso fosse abençoada com um filho.
A devoção de Isabel à Nossa Senhora Aparecida permaneceu firme. Com o tempo, ela foi agraciada com três filhos, Pedro de Alcântara, Luís Maria e Antônio Gastão, e cumpriu sua promessa com gratidão. Como gesto simbólico, mandou confeccionar uma réplica da coroa que usaria como rainha do Brasil e a enviou à Basílica, acompanhada de um bilhete que expressava sua fé e humildade:
“Eu, diante de Vós, sou uma Princesa da terra e me curvo, pois és a Rainha do Céu. Te dou tão pobre presente, que é uma coroa igual à minha. E se eu não me sentar no trono do Brasil, rogo que a Senhora se sente nele por mim e governe perpetuamente o Brasil.”
A coroa oferecida por Isabel, símbolo de sua devoção e da renúncia ao trono terreno, adorna até hoje a imagem de Nossa Senhora Aparecida. O gesto da princesa transcendeu a fé pessoal e se tornou um marco de entrega e proteção de um país inteiro à Rainha do Céu.’
Prossigo eu, que sigo a filosofia espírita, dizendo que Nossa Senhora é Maria, um Espírito Superior, que foi a escolhida para ser a Mãe, com sacrifício evidente e num tempo desafiador, daquele que seria imortalizado por Espírito mais puro e perfeito que até hoje o nosso mundo já conheceu, Jesus.
Chico Xavier sempre admirou Maria , e revelou dois episódios marcantes em sua vida. Um deles é um retrato falado que um famoso pintor de São Paulo, em diversas visitas a Uberaba, foi compondo aos poucos. O resultado é uma belíssima expressão de jovem mulher que, segundo ele, estava relacionada à forma espiritual com que ele viu a sublime Mãe de Jesus em visita as regiões de sofrimento, para levar consolo e oferecer auxílio espiritual, em nome do Filho, a almas em culpa e remorso, em tormenta e ignorância, que ali permaneciam, num verdadeiro ‘inferno’, ou purgatório, se preferirem.
Assim é Maria, Nossa Senhora de Aparecida, de Fátima, de Guadalupe, de Lourdes (…) nas diferentes visões e forma de fé ( ou falta de) de um ateu, um católico e um espírita. E você, caro leitor como a vê ?
Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução
