Início Maringá Educação integral em Maringá é alvo de fiscalização e cobranças

Educação integral em Maringá é alvo de fiscalização e cobranças

Na reunião, a secretária garantiu que não haverá descontinuidade do ensino integral

A Comissão de Educação da Câmara de Maringá recebeu, na quinta-feira, a secretária de Educação, Adriana Palmieri, para prestar esclarecimentos sobre a garantia de vagas para alunos da educação integral e sobre os problemas de infraestrutura enfrentados por escolas da rede municipal.

Participaram da reunião os vereadores Ana Lúcia Rodrigues, presidente da Comissão, Mário Verri, Luiz Neto, Sidnei Telles, Akemi Nishimori e Angelo Salgueiro. Também estiveram presentes os secretários Vagner Mussio (Infraestrutura), Luiz Turchiari (Logística e Compras) e Tiago Barros (Governo).

Durante a reunião, Adriana Palmieri afirmou que não haverá descontinuidade na educação integral. “Todos os pais que tiverem interesse terão a vaga garantida. Estamos em fase de planejamento, e por isso realizamos primeiro a matrícula regular. No período de 3 a 14 de novembro, os pais que desejarem manter os filhos no período integral devem fazer o cadastro. O mesmo vale para aqueles que quiserem solicitar mudança de escola”, explicou a secretária.

A presidente da Comissão, vereadora Ana Lúcia Rodrigues, ressaltou que a Câmara recebeu diversos questionamentos de pais preocupados com o fechamento de turmas. “A secretária garantiu que não haverá descontinuidade, mas estamos em fase de planejamento e podem ocorrer remanejamentos. Vamos continuar acompanhando de perto, porque queremos garantir que todos os alunos sejam atendidos”, afirmou.

DIVERGÊNCIAS

Apesar da posição oficial da Secretaria de Educação, levantamentos realizados pelo mandato da vereadora Ana Lúcia apontam que 29 turmas de 16 escolas municipais estariam previstas para fechamento em 2025, o que tem causado apreensão nas comunidades escolares. As informações, segundo a vereadora, contradizem o discurso oficial da pasta, que nega qualquer decisão definitiva sobre redução de vagas.

“A Secretaria fala em planejamento, mas as informações que chegam das escolas mostram outro cenário. Nosso papel é fiscalizar, garantir transparência e assegurar que nenhuma criança perca o acesso à educação integral”, reforçou Ana Lúcia.

A secretária Adriana Palmieri, no entanto, reiterou que o período de inscrições entre 3 e 14 de novembro será apenas um procedimento técnico para reorganização das turmas, e não um processo de corte ou limitação de vagas.

Em nota, a Prefeitura afirmou que não há interrupção na oferta do ensino em período integral para os estudantes matriculados de 1° ao 4° ano nas escolas municipais para o ano de 2026. Os alunos do 5º ano deixam a rede municipal de ensino e migram para a rede estadual no próximo ano. Além disso, a Secretaria de Educação ampliará o número de vagas ofertadas no ensino integral. A previsão é ofertar 9.420 vagas para a educação integral no ensino fundamental, o que representa a criação de 420 novas vagas em relação a este ano.

INFRAESTRUTURA

Outro tema debatido foi a situação da infraestrutura das escolas municipais, que enfrentam problemas recorrentes como falta de manutenção predial, limpeza de calhas, roçada, dedetização, desratização e manutenção dos aparelhos de ar-condicionado.

Os secretários Vagner Mussio e Luiz Turchiari informaram que diversas licitações estão em andamento para resolver essas pendências. Entre elas, a limpeza e manutenção dos ares-condicionados, que deve ser concluída até o início do próximo ano. Outros serviços, como dedetização e desratização, já estão sendo executados em todas as unidades.

Segundo os gestores, a previsão é de que todas as contratações estejam concluídas e em funcionamento até 2025, garantindo condições adequadas para alunos e profissionais da rede municipal.

Ao fim do encontro, a Comissão e a secretária destacaram a importância de manter a comunicação entre a Câmara, a Secretaria e as comunidades escolares, para evitar ruídos e desinformações sobre o processo de matrícula e as políticas educacionais.

“A educação integral é uma conquista de Maringá e precisa ser tratada com seriedade e compromisso público. Seguiremos acompanhando de perto cada passo da gestão para garantir que nenhuma criança fique de fora”, concluiu a vereadora Ana Lúcia Rodrigues.

Alexia Alves
Foto – Reprodução

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