
Pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e da Uningá estão realizando o primeiro levantamento populacional de cães e gatos, um estudo inédito que pretende traçar um retrato detalhado da população de animais domésticos do município. A pesquisa, iniciada há cerca de dois meses, envolve 170 estudantes e professores das duas instituições e deve visitar cerca de 4 mil domicílios até o fim de dezembro de 2025.
A ação faz parte de um convênio com a Prefeitura de Maringá, dentro de um projeto voltado ao controle populacional e bem-estar animal. Segundo o professor Ricardo Souza Vasconcelos, do Departamento de Zootecnia da UEM, o levantamento funcionará como um “censo pet”, com entrevistas rápidas aplicadas aos tutores dos animais.
A coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Uningá, Thaís Martins, destacou que o trabalho foi intensificado nas últimas semanas, após um período inicial de adaptação dos estudantes e da população.
“Os alunos estão indo às ruas identificados com crachás e tirantes contendo as logos da Prefeitura, Uningá e UEM. É importante que os moradores recebam bem os pesquisadores e colaborem com o censo, que é seguro e tem grande valor social”, ressaltou. Ela relatou que condomínios têm sido um dos principais desafios da pesquisa, por conta das restrições de acesso.
Os questionários aplicados pelos agentes censitários duram cerca de 10 minutos e seguem protocolos de ética e proteção de dados, garantindo sigilo absoluto das informações coletadas. As residências participantes foram selecionadas por sorteio, em um método de amostragem científica que assegura a representatividade dos resultados.
A previsão é que o primeiro relatório consolidado seja apresentado à Prefeitura de Maringá entre janeiro e fevereiro de 2026. A partir desses dados, a administração municipal poderá direcionar novas campanhas de castração, programas de conscientização e apoio a ONGs de proteção animal.
Da Redação
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